Quando o último morcego caiu no chão da caverna uma sensação gratificante de trabalho encerrado recaiu confortavelmente em meus ombros, e após um breve suspiro sentindo a tensão me deixar por alguns instantes eu penteei o rabo de cavalo com a mão, percorrendo toda a extensão do cabelo, sendo um tique meu, mas não me deixei levar totalmente pela tranquilidade, era apenas um rápido momento de comemoração.
Passando os dedos na testa para colocar no lugar alguns possíveis fios rebeldes de cabelo já me veria caminhando novamente pronta para disparar em mais alvos, o mago parecia um pouco surpreso e a loira empolgada veio até mim.
- Não foi nada demais, apenas acertei os morcegos como o planejando. - Coçava a lateral da bochecha com a ponta da unha do dedo indicador, sorrindo um pouco sem graça por não saber exatamente o que deveria dizer nessa situação tanto para Eileen ou Ouki.
- Mas acho que perdi a conta de quantos acertei. - Desviava o olhar para cima num semblante descontente, reclamando com a boca torta. Mas então as palavras seguintes da loira me fizeram ficar com as bochechas ruborizadas.
- Obrigada… - Respondi um pouco tímida, encolhendo os ombros para tirar Eileen de baixo para cima, com meu olhar verdejante irradiando a alegria que não conseguia por em palavras.
- Conto com você para continuarmos assim. - Tentava retribuir o elogio com um pequeno sorriso obstinado nos lábios, afinal o trabalho em equipe havia tornando mais fácil para mim acertar os morcegos, principalmente por não precisar lidar com as presas venenosas de perto.
Mas meu desempenho atraiu uma atenção que eu preferia não receber, pisquei os olhos algumas vezes na direção da reaper que se afastava após me encarar discretamente.
"Espero que ela encontre algo para testar a força das adagas." Ficando um pouco desconfortável naquela situação, poderia ter sido uma ameaça, mas não queria tirar conclusões precipitadas.
"Ou ao menos espere concluirmos a dungeon." Não fiquei intimidada por ela, se ela desejasse tanto por um acerto de contas, que ao menos seja fora da dungeon.
- Só quando precisa disparar em morcegos-monstros. - Respondia com uma tentativa de piada o comentário bem humorado, de alguma forma ela tornava o clima mais leve nesse lugar repleto de ameaças.
- Hmmm! Se o rank deles fosse pelo menos B seria possível usar as presas para fazer armas venenosas, mas como o rank deles é baixo torna impossível, mas nem eu sei exatamente o motivo, talvez não tenham poder mágico o suficiente para embuir os equipamentos, ou ainda não descobriram a maneira certa de usá-los na forja. - Dando a Eileen uma resposta que possivelmente seria decepcionante para ela, afinal a lógica da loira não era equivocada.
- O máximo que dá pra fazer atualmente é um usar as presas como um pingente ou adereço, apenas pela aparência. - Tentando amenizar a possível decepção da loira, a respeito das presas não poderem agregar muito aos equipamentos mágicos, apesar de eu mesma não achar que isso possa servir de conforto. E bem, eu fui pega totalmente desprevenida com Eileen dizendo abertamente minhas capacidades de forja, iria sorrir meio sem graça para os dois rapazes se comentassem algo a respeito.
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De frente para a ponte eu ficaria muito confortável em saltar por ela.
- Se eu puder acertá-los daqui não sei se é uma boa idéia me aproximar. - Argumentaria com Ouki esperando pela opinião do mago.
- Depois você tem que me ensinar tudo que sabe dos monstros. - Diria para a loira, o conhecimento dela a respeito dos monstros estava se mostrando realmente útil, e eu via nela a possibilidade de aprender mais coisas.
Aproveitando o fato de que aparentemente os monstros não estão nos vendo eu iria observá-los atentamente, forçando a visão com os olhos parcialmente cerrados para analisar não somente eles, mas também as proximidades a fim de tentar encontrar outros lagartos-monstros escondidos e mais distantes dos 5 que podemos visualizar. Se não houvesse outros monstros por perto iria apenas acenar a cabeça em negação. Se pudesse enxergar outros monstros iria mostrar nos dedos quantos eu pude visualizar. Porém se fossem mais de 10, eu iria engolir a seco e dizer a quantidade baixinho, afinal essa era uma quantidade bem preocupante. E como já teria de observar os lagartos eu iria indicar apontando o dedo na direção deles, um de cada vez, como se quisesse mapeá-los pelo nível de poder.
- Essa é a ordem de força deles, do mais forte pro mais fraco. - Informaria o restante da equipe num tom baixo de voz, traduzindo meu gesto de apontar para os monstros.
Com as coisas estando mais ou menos resolvidas entre a equipe, eu não deixaria passar a oportunidade de acertar um tiro limpo no lagarto dorminhoco, já erguendo à mão esquerda por cima das costas, buscando por flechas imaginárias na aljava inexistente, mas desta vez perceberia o equívoco no meio do gesto, e rapidamente iria sacudir a cabeça para recuperar o foco.
- Tsc! - Resmungando desgostosa, ainda não tendo perdido totalmente esse costume. Se o lagarto sonolento estivesse em meu alcance, iria atacar de onde estou, porém se fosse necessário eu iria me aproximar um pouco acompanhando a fighter loira numa breve corrida, e em último caso saltando pela ponte disparando ainda no ar, em ambas possibilidades iria mirar na cabeça do lagarto tirando uma soneca.
E escutar sobre as escamas resistentes iguais armaduras me fez ter uma idéia.
"Tomara que funcione." Mas para isso preciso contar com os próprios lagarto, na verdade com o temperamento deles, se após a surpresa do ataque eles abrissem a boca para rugir, ou sabe se lá qual barulho eles façam, seja para nos intimidar ou dar ordens ao restante dos reptilianos, eu iria me aproveitar de tal abertura para atirar rapidamente contra a boca aberta do lagarto.
"A armadura não os deve proteger por dentro." Seguindo tal lógica em meu teste.
E a partir daqui eu perderia um pouco o foco em ser funcional e efetiva, pois ver o lagarto arqueira me despertava o senso de competitividade, mirando-o cuidadosamente iria disparar para que o projétil passasse bem próximo de sua face, como tiro de aviso, e tentativa chamar a atenção do réptil.
- Huunpf! - Gesticulando com a cabeça para afrontá-lo, enquanto esboço um sorriso convencido no canto da boca, querendo demonstrar que o menosprezo, apenas para fazê-lo aceitar o duelo. Espero que os demais companheiros de time não levem a mal esse capricho, mas sempre ter competido contra outros arqueiros me faz querer ter essa disputa, e também para testar minhas habilidades contra as de outro arqueiros, apesar de que nas competições de tiro com arco o objetivo não era acertar as outras arqueiras…
Mas antes de prosseguir com o abate dos reptilianos irei optar por elevar meu potencial de causar dano, porém precisaria me recordar de quantos disparos realizei desde que entrei na dungeon, ou pelo menos desde o último disparo mais forte que os demais, se eu estivesse no disparo que terminasse em 9, por exemplo o próprio 9 ou 19, assim por diante, ou então num múltiplo de 10, iria usar minha mana para revestir o corpo (usando a skill
Ukontrollerbar Kraft).
" Espero que seja suficiente para romper as escamas." Seria a principal motivação para me fazer usar o buff, além de querer acelerar o abate dos lagartos. Claro que eu poderia errar na contagem, nesse caso só espero que seja acima dos disparos terminados em seis, se isso acontecesse eu iria tirar o elástico do cabelo e usar os dedos para abaixar o volume deles.
"Droga droga droga… Porque isso foi acontecer logo agora" Me lamentava pelo descuido, sentindo o cabelo esvoaçar por conta da mana, e também teria de tomar cuidado com possíveis ataques.
"Dá um tempo pelo menos.." Um triste infortúnio, mas pior do que ficar descabelada, é ficar descabelada e sangrando, então iria me afastar dos ataques, principalmente se fosse o arqueiro, dando alguns passos rápidos para o lado e assim tentar desviar de suas flechas, até conseguir abaixar o cabelo, e não iria prendê-lo com o elástico. Mas se eu conseguisse lembrar da contagem e não estivesse no disparo que terminasse em 9 ou múltiplo, iria apenas aguardar para ativar o skill quando chegasse na contagem desejada.
Após provocar o lagarto arqueiro eu não pretendo errar o próximo disparo, e iria mirar em seu tórax, esperando-o puxar o arco para atirar, me aproveitando desse momento para atacar, pretendo disparar primeiro ou no mesmo tempo, e assim poder inclinar o corpo enquanto dou alguns passos lateralmente para escapar da flecha. E se o acertasse tentaria outro ataque logo em sequência mirando exatamente no mesmo local.
"Talvez se eu acertá-lo duas vezes na mesma região possa perfurar mais facilmente nas escamas." Não custa nada tentar né? Se o lagarto tentasse correr na direção de um local para ganhar cobertura eu tentaria antecipar sua chegada com o disparo, ou então tentar curvar o projétil mágico para acertá-lo atrás do "esconderijo".
"Nice! Um Robin Hood!" Se acertasse duas vezes no mesmo local iria comemorar rapidamente, cerrando o punho de empolgação, no tiro com arco Robin Hood é quando a gente acerta as costas de uma flecha presa no alvo, é algo bem raro e difícil, então é difícil pra mim não ficar feliz com essa façanha.
Para minha infelicidade os alvos nas dungeons, também pode me ferir gravemente ou ainda pior… Então eu tomaria um certo cuidado com os lagartos que tentassem se aproximar de mim, correndo para longe enquanto realizo um disparo para trás, e assim poder atrapalhar eles, ou ainda saltar pela ponte quebrada na direção do portal e atirar umas 3 vezes contra o réptil mais próximo antes de aterrissar do outro lado.
Ou ainda eles poderiam tentar tentar se esconder aproveitando o caos da batalha, tentaria me manter atenta a isso, para atirar contra eles se os identificasse ocultos ou quando realizassem o ataque surpresa mas antes de acertar alguém, no pior dos casos eu corro e tento pular para longe deles, se eu fosse a vítima da emboscada. Uma última preocupação seria se algum dos lagartos tentasse escalar, e se aproximar pelas paredes ou teto, no melhor cenário eu iria disparar duas vezes, mirando um projétil em cada mão para tentar derrubá-lo, com sorte o lagarto pode cair no vão da ponte quebrada.
- Skill Possivelmente usada.:
Nome da Skill: Ukontrollerbar Kraft.
Tipo: Buff (50 PP’s).
Rank / Valor: A; 1 Rank superior ao do personagem (30 PP’s).
Alvo: Pessoal (0 PP’s).
Distância: Distância de ataque da Classe (0 PP’s).
Efeito: +340 de Inteligência.
Condição: Condição Pesada. (-20 PP’s)
Catalisador: Devido a skill ser muito poderosa é necessário que Érica possua uma quantidade de mana armazenada além do consumo para poder ativá-la. Essa extra mana é proveniente da passiva Pistoleiro Mágico, e funciona como um catalisador facilitando/permitindo a ativação da skill de acordo com a quantidade de disparos feitos.
0/10 - É impossível ativar a skill.
3/10 - A skill é ativada mas somente com metade do bônus em inteligência (170), e Érica sofre 50 de dano.
6/10 - A skill é ativada normalmente.
9/10 - O cabelo não bagunça, porque… Porque não?
Quando ativada a skill consome a mana armazenada da passiva zerando a contagem dos disparos, independente da quantidade.
PP's 60.
Consumo: 480.
Descrição:Érica aumenta seu poder e o fluxo de mana condensando-a em torno de si e da arma empunhada os fortalecendo, desta maneira aumentando o dano possível de ser causado com ataques e outras skills. O fluxo exacerbado de mana torna a magia muito poderosa e de alto custo, podendo causar dano letal a usuária se usada de maneira leviana.
A instabilidade da skill faz com que os disparos feitos pela ranger fiquem visualmente distorcidos, devido a perturbação da mana.
Despenteada: Devido a ativação abrupta da skill a mana propagada em torno de Érica deixa seus cabelos bagunçados, e isso a incomoda a ponto de não conseguir concentrar-se no combate até arrumá-los.
Imagem do ícone: Imagem / gif ilustrativo: (opcional) (Apenas durante a ativação).
- Histórico.:
Nº de Posts: 7.
Nome: Érica Hwarin.
Classe: Assassin - Ranger.
Especialização: Artificer.
Maestrias/Perícias: Armas brancas de longo alcance, Artesanato, Forja, Núcleos, Runas.
- Objetivos.:
Aumentar fama de caçadora.
Criar uma Guilda.
Ter sua própria grife de equipamentos mágicos.
Aprender: Monstrologia.