[FICHA] Noah A. Hyun

Dono de cabelos platinados, o jovem possui uma aparência destoante das pessoas que convive, apesar de, devido a uma causa genética, o rapaz possuir os cabelos em tal cor, muitos velhos o julgam como um “moleque que segue a moda coreana”. Além disso, a pele clara, os traços mestiços do seu rosto, como os olhos não alongados e um rosto menos afinado, criam o aspecto diferente dos jovens sul-coreanos, o que traz sua aparência de volta à normalidade norte-americana. A parte disso, é notável uma cicatriz próxima ao olho direito dele, marca de um incêndio na sua infância. Quanto ao seu porte físico, não possui um porte fisiculturista, no máximo atlético, tendo um certo vigor devido aos treinamentos físicos militares, rendendo-lhe um abdômen definido, mas falha em ter um grande volume. A respeito da sua moda, comumente é visto com roupas sociais ou então em algo próximo a um uniforme militar, mas que não pertence a organização nenhuma.

Nesse ponto é onde Noah realmente se distancia da juventude de Busan, e coloca-o mais dentro do mundo em que vive. Quieto, sorridente, calculista, talvez esses sejam os pontos marcantes da personalidade do rapaz. Frente aos seus chefes ou subordinados, comporta-se de forma semelhante, um sorriso que esconde na verdade uma fúria ou uma indiferença, a qual ninguém sabe a resposta. Tal comportamento pode ser herdado de sua infância conturbada, a resposta não é clara, todavia é sabido que ele não é o tipo de pessoa a qual se gostaria de ter como amigo do peito. Por esse distanciamento, o mago tem um certo déficit em fazer amizades, apesar de conseguir, pelo menos profissionalmente, manter um relacionamento com outro ser humano. No combate, é totalmente impiedoso com monstros, e quanto a humanos, seu julgamento mental decide o quanto terá de misericórdia pelo seu adversário.

 Nascido nos Estados Unidos da América, no estado da California, Noah era aguardado como aquele garoto da família, o ouro do pai, que imaginava a criança se tornando um astro no beisebol e o supertstar dos Yankees. Seus progenitores, Adam, filho de fazendeiro que aos 18 se alistou no exército e seguiu carreia militar, e sua mãe, Su jin, enfermeira, filha de imigrantes sul coreanos que fugiram da guerra das coreias.

Sua primeira infância, até seus 2 anos de idade, não foi muito diferente do padrão, era bem cuidado por sua mãe, gostava de papa de nenê, brincava no balanço, uma vida conforme o belo sonho americano de infância. Todavia, a partir de seus 3 anos, tudo estava para mudar. Certo dia, por uma falha de eletricidade ( outros chamam de destino), a casa onde morava entrou em chamas, e desse incêndio a criança ganhou uma cicatriz no olho, resquício de uma lasca de madeira chamuscada que pegou em seu rosto e por sorte não o deixou caolho. Assim, sem residência, e com uma nova proposta de emprego para Adam, a família mudou sua vida.

Nessa época, o governo Sul Coreano havia aceito a proposta de ajuda norte-americana na zona desmilitarizada, a fim de vigiar e praticar treinamentos militares com as forças armadas do sul. Dessa forma, Adam fora um dos combatentes designados para um dos esquadrões, e visto que não só sua mulher era cidadã do local, além do acidente com a casa, a proposta foi aceita. Logo, a família mudou-se para Sokcho, em que imaginavam que sua vida seria mais tranquila. Estavam enganados.

A vida de todos progrediu por alguns anos dourados, agora Noah estava com seus 18 anos, e, apesar das dificuldades com o bullying( seja pelo seu cabelo, cicatriz, ou por ser estrangeiro), conseguira se desenvolver muito bem na escola, mostrando um boletim digno de orgulho até para pais coreanos. Esse desempenho concedeu-lhe a oportunidade de se alistar e estudar na escola superior militar, onde formou-se tenente do exército sul-coreano.

Durante sua graduação, foi onde teve a oportunidade de aprender mais sobre geografia, aprofundando seus estudos na área, ao ponto de render artigos científicos. Durante sua formação, ocorreu o primeiro evento das dungeons, acontecimento que abalou muito seus estudos, guinando-os para o conhecimento dos monstros, uma área pouco explorada ainda, e que se aprofundou, conseguindo no final da faculdade o reconhecimento também como um dos melhores alunos de monstrologia.

Já formado, retornou a sua cidade natal, aos 20 anos, e a partir dai o destino iria lhe incumbir novas tarefas. Em um dia comum, havia recebido a trágica notícia que sua mãe, Su jin, tinha sido assassinada por mafiosos. Inconformado, havia decido investigar afundo, até que os culpados fossem localizados, essa ação gerou o efeito contrário, ele não havia chegado à máfia Gun Dar, eles haviam chegado até ele. Capturado, o rapaz fora levado até uma espécie de local de reunião, pois não poderiam executar um oficial de forma tão iminente, aliás, não era todo dia que um militar de patente média chegava nas mãos do crime tão fácil.  No local, fora dado a opção que o jovem se juntasse à organização, mas prontamente recusada, os mafiosos não tiveram outro pensamento: jogar o militar dentro de uma dungeon era a melhor escolha, seria morto e facilmente visto como “acidente”.

Esse episódio dificilmente pode ser contado, afinal nem mesmo o próprio Noah se recorda direito, apenas lembra que fora jogado lá, e que um monstro havia ido em sua direção, depois disso sentiu uma rajada de vento muito forte, e em seguida um frio imenso, já com a consciência rebaixada, lembra apenas de passos e a imagem de um homem com uma cruz na mão.

No dia seguinte, acordou em seu apartamento, com seus ferimentos tratados, e pouco tempo depois, adentrara no apartamento alguns homens bem vestidos de terno, seguido de um velhinho, que impunha respeito, sendo respondido com o abaixar de cabeça dos capangas conforme a figura andava no cômodo. Apesar de simpático, aquele era talvez um dos homens mais perigosos da Coreia, Jin Ku Hyun. O sobrenome não era mera coincidência, talvez fosse um primo distante, mas sim, a família Hyun tinha conexão com a máfia coreana, mais do que isso, seus parentes por parte de mãe eram da máfia, a vida de sua mãe fora tomada como pagamento. Como consequência dos atos do rapaz, o pai de Noah fora também aprisionado e o pagamento era claro: o jovem deveria ser um agente duplo.

De início fora contra, mas o tempo mostrou que não havia escolha, aos poucos o garoto fora se misturando com o submundo e aprendeu a desenvolver o seu papel de agente duplo, no exército continuava com seu papel de tenente. Mas enquanto isso, na máfia, começara a desenvolver suas habilidade mágicas( que floresceram após o episódio da dungeon), assim como aprendeu a se tornar furtivo e a atuar, habilidade comuns para qualquer atuante do nicho.

Cinco anos se passaram desde então, suas habilidades se fortaleceram e surpreendeu-se ao descobrir seu Rank B, além de todo o universo dos caçadores, agora sua tarefa dada pelo submundo era mais além: infiltrar-se na associação de caçadores, descobrir mais informações valiosas e entrega-las, assim seu pai poderia mais uma vez provar a liberdade. Não só isso, o objetivo de Noah era mais, libertar seu pai, destruir aquela máfia na hora certa, e descobrir quem era aquela figura misteriosa com a cruz. Esses são os objetivos que guiam sua vida.