Com o corpo ainda parado em posição de combate se via subitamente não mais agredida, seis ombros subindo e descendo com sua respiração acelerada, suor lhe escorrendo e os cabelos completamente desalinhados, mas embora todas essas "condições" adversas havia um enorme sorriso em seu rosto.
Isso foi o máximo, puta que o pariu. - estava fervendo em excitação a tal ponto que poderia até dar um beijo no healer nesse momento, pois ainda sentia a skill dando-lhe força naquele momento.
Após esses segundos ainda parada se viu sendo parabenizada pelo mago, o que a fez perceber que realmente havia terminado com os morcegos.
- CARALHO ISSO FOI FODA AARON. - Apertou com ambas as mãos os ombros do mesmo.
- Eu posso me acostumar com isso, hahahaha e você, hahaha, quase pareceu um príncipe que salva uma princesa, só faltou a princesa mesmo. - seu sangue fervia, estava mais animada do que qualquer briga de bar um dia lhe havia deixado e então olhou para Érika junto ao elogio do mago e pela resposta da garota loira.
- Não foi nada ela disse. Perdeu a conta ela diz. - Eileen retrucava as palavras de Érika largando os ombros do mago e indo na direção dela, devido a situação ainda estava com o sangue quente e parecendo agressiva.
- O caralho que não foi. - Bradou como a vulgar sem modos que era.
- Você foi foda pra caralho, eu nem via nada, só os mortos explodindo um atrás do outro. Caaara que inveja. - Tinha um sorriso para a loira chegando agora perto dela fazendo o mesmo que havia feito com o mago agarrando-a nos ombros e olhando-a bem.
- Sabe o que é pior? - Parou agora olhando-a de perto.
- É que por diabos, você tá falando a verdade. - via-a limpa, com a respiração controlada e o cabelo perfeito.
- Você tá parecendo aqueles artigos caros de loja de grão fino. - Tirou as mãos do ombro da outra.
- Dá até um pouco de medo de tocar. - Brincava, afinal ainda mantinha o sorriso no rosto olhando para ela com uma invejinha que era impossível de conter, até que balançou a cabeça percebendo que se fosse assim não teria se divertido e dei-lhe um soquinho no ombro antes de se virar para encher a mão em um forte tapa com apertão na bunda do healer.
- Até você Maurice. - Deu mais uma apertada e tirou a mão seguindo em frente completamente animada.
- Vamos lá porra, arrebentar mais uns monstros. Seu coração ainda pulsava e seu sangue ainda fervia, sentia-se estimulada ainda que fosse apenas uma caminhada enquanto pensava o que viria a seguir e por tal, nesse espírito jogou o braço por cima dos ombros do healer puxando-o para si e com a outra mão faria um "cascudo" em seu peito desnudo.
- Foi bom pra caralho. Tô sentindo até agora. - ela acabava falando um pouco sobre tudo, mas também do buff recebido.
- Se você falasse menos eu até te dava uma chance gatinho. - Mas ainda o via como um filhotinho que queria chamar a atenção.
- Conto com você. - O soltou reduzindo um pouco o passo até chegar mais perto de Érika por um momento.
- Ei, psiu. Você vem sempre aqui? - Brincaria apenas por ver-la muito séria.
- Aquelas morcegos… o corpo deve ser mole de mais pra qualquer coisa, talvez? Mas e as presas? Daria pra fazer alguma arma com veneno? - Retomava a conversa nerd que haviam tido a pouco tempo. Também incluindo o healer.
- Em Maurice, a exibida aqui também sabe fazer itens mágicos, vocês tem alguém assim também? - o perguntou, afinal estava antes se gabando da sua armadura.
- E na guilda de vocês? Tem lugar pra fazer isso? - Ela já começava a ficar um pouco interesseira.
- Certo, tenho que voltar pra frente, as crianças se comportem. - Daria um tapa na bunda de ambos acelerando o passo para alcançar Magda.
Quando chegaram à ponte já estava um pouco mais contida, ainda animada e ansiosa, mas calma suficiente para não pular imediatamente para o outro lado tentando esmurrar os lagartos, ali o healer fazia questão de lembrá-la o quão infantil era, enquanto o Mago mais uma vez parecia ficar estressado.
- Você precisa mesmo relaxar, faz quanto tempo que não dá uma boa trepada? - Foi incisiva e descarada mesmo em sua pergunta e por mais absurda que pudesse parecer era ainda assim honesta em sua essência.
- Ah… bem… - Eileen não possuía orgulho nenhum de ser uma nerd de monstros e agora ficava um pouco sem jeito de ter virado um tipo de enciclopédia viva mesmo em seu primeiro portal.
- Meu pai me fez aprender. - Falou meio que como justificativa para tentar deixar claro que só sabia essas coisas, pois havia sido obrigada..
- Parece que são Sim. - Deixando pra lá o passado ela se focou no presente.
- Também só li, mas acho que era… duros nas escamas, mas nas articulações deve ser mole se não daria pra se mexer? Acho que enxergam no escuro ou algo assim… mas tá estranho já que eu tô vendo eles e eles parecem que não. - E para ela ser capaz de enxergar algo e esse algo não lhe ver de volta algo devia estar errado.
- Vocês conseguem ver quantos? Acho que eles eram bons em se esconder ou algo assim. - Embora tivesse o conhecimento teórico ainda estava vivenciando a prática e por tal não se arriscava a trazer certeza absoluta em suas palavras, ainda mais considerando que sua capacidade visual ali estava um tanto comprometida.
- Eu vi cinco. - Se os outros até então tivessem visto o mesmo ficaria mais tranquila, ao menos até ver Aaron(mago) chamando Meg que se adiantava.
- O que você quer fazer? Chamar a atenção deles pra fazer eles pularem? Talvez de derrubar? - Como Eileen não sabia sobre a possibilidade de vender os corpos essa parecia-lhe uma ideia viável.
- Ou pelo menos já ficam desse lado da ponte pro time de coleta. - Lembrou-se do que ele havia acabado de falar. Estaria falando o tempo todo baixinho, mas acelerado suas palavras nesse final devido a possibilidade crescente do combate começar a qualquer momento.
>>Caso o plano tenha sido tentar atrair os lagartos para pular a ponte<<
Eileen se manteria, assim como pedido pelo mago anteriormente à frente do grupo, servindo de obstáculo móvel. Por sua vez ter-se-ia mantido a uns dois ou três metros da borda da queda, com isso planejava meio que ''encurralar'' os monstros contra a ''parede'' de modo que seus companheiros pudessem os manter pressionados com ataques a distância enquanto ela ficaria correndo tentando cercá-los fazendo-os ter problemas para avançar. Devido ao possível tamanho das criaturas ela adotaria uma técnica que seu pai lhe havia ensinado e que agora poderia funcionar. Buscaria manter sua postura baixa obrigando assim aos seus oponentes a execução de ataques baixos os quais limitaria um pouco seu campo de visão, Eileen por outro lado tentaria fazer uso principalmente de sua velocidade para evadir lateralmente os ataques que fossem de origem vertical usando deste momento para contra-atacar com chutes baixos lateral/traseira do joelho de seu oponente afastando-se na sequência com um pequeno salto para trás e depois mais um na diagonal para novamente se posicionar entre este e o time que deveria manter atrás de si. Teria assumido agora sua postura de muay thai, dando pequenos e contínuos saltos ao trocar o peso de uma perna para outra, para frente e para trás com as mãos junto ao rosto e a postura curvada.
Manteria essa tática para um combate contra apenas um oponente, visando esquivar do ataque enquanto movia-se para atacar a perna de apoio e novamente recuar. Em casos de golpes mais horizontais buscaria algo similar, mas saltando para trás fugindo do alcance e tentando um novo salto para frente junto ao chute, este chute porém não seria aplicado na perna e sim no pulso ou cotovelo da mão que portava a arma evitando assim que o oponente pudesse puxá-la de volta em um novo golpe horizontal de retorno.
Lutar com criaturas humanoides ao menos lhe era um pouco mais ''cômodo'', mesmo que estar pudessem ser mais fortes ela ao menos havia sido treinada por seu pai para este tipo de combate.
Porém dada a sua função, talvez fosse provável que não pudesse se dar o luxo de enfrentar apenas um oponente e se visse precisando correr para interceptar múltiplos agressores. Neste caso se focava apenas na parte mais defensiva enquanto tentava se mover de um modo que expusesse as laterais dos monstros aos outros companheiros fazendo um zig zag enquanto recuava se defendendo obrigando eles por vezes a se mover para direita e por vezes para a esquerda. Se houvessem pedras durante o seu recuo tentaria pular para cima das mesmas e então saltar para trás da mesma obrigando seus oponentes ou a contornar ou a também pular o que poder-lhe-ia dar uma brecha para atacá-los visto que o único ataque que seria possível executar pelo que houvesse pulado seria o vertical.
>>Se precisasse saltar a ponte quebrada<<
Caso houvesse sido decidido que deveria pular e levar a luta para elas ela o faria, obviamente apenas se ninguém houvesse percebido a existência de mais lagartos além daqueles cinco, pois se assim fosse não pularia, mesmo que isso fosse custar a vida da maluquinha, Eilleen afinal era uma viciada em emoção e não uma suicida.
Nesse caso, acabaria sendo ela a ficar de costas para a fenda, mas manter-se-ia assim para ser capaz de usar o lagarto maior como "escudo" a possíveis ataques dos outros. Todavia ao saltar o faria com toda a sua velocidade para não de ver tendo que ficar na ponte estreita com risco de queda.
- SHURRIIIAAAA. - Durante o salto o teria feito com força, como dito, está que buscaria ser o suficiente para ''dispará-la'' em direção ao lagarto de escudo mirando-lhe uma joelhada na garganta/focinho. Se enquanto no ar ele aparenta-se estar pretendendo atacar-lhe iria transformar a joelhada em um chute circular em direção ao cabo da arma enquanto gira o corpo trazendo seu braço flexionado para aplicar uma cotovelada de cima para baixo na cabeça do mesmo.
Eileen dessa vez tentaria-se manter como impedimento aos lagartos pulares para o outro lado, já que como os outros eram atacantes a distância possivelmente não teriam problemas em atacar sem saltar. Também não iria avançar, pois se precisasse pular de volta o conseguiria mais facilmente assim. A tática seria basicamente a mesma, mantendo-se com uma postura agachada e visando ataques com chutes baixos nas pernas do agressor, mas desta vez ao se ver forçada a recuar buscaria utilizar das pedras próximas a sua lateral, as mesmas que havia visto anteriormente a reaper utilizar como esconderijo e se em último caso fosse necessário saltaria de volta para a outra margem assumindo assim a primeira tática de combate se fosse perseguida.
>>De modo geral<<
Se conseguisse aplicar sequências de chutes o suficiente para começar a prejudicar a mobilidade de seu agressor ela o continuaria a fazer, mas assumindo agora uma postura mais agressiva do que a passiva até então assumida chutando com maiores frequências até que em algum momento as bases do mesmo falharem e se não houvesse outros oponentes ao seu redor começaria a aplicar chutes mais ousados visando agora a cabeça ou mesmo buscando aplicar alguma submissão como uma chave de pescoço.
E em caso onde lhe fosse impossível evitar os ataques e percebesse que iria ter de recebê-los daria preferência para ter seus braços feridos e então recuar o quanto lhe fosse possível buscando não receber maiores danos torcendo para que a adrenalina do momento fosse suficiente para superar a dor e manter-la racional.