Aventura
Aqui ocorrerá a aventura do Caçador Maschenny Rem, a qual tem ADM.Sky como narrador definido.
Você não está conectado. Conecte-se ou registre-se
Post 01!
O dia amanheceu para Maschenny Rem como todos os outros na vida de um assalariado comum de Busan: Reinado pelas leis da pressa, correria e caos. O Despertador tocou, e mesmo não atrasada a nossa protagonista conseguia o surpreendente feito de agir como tal. Voando, arrumou a casa como deu e, antes de sair, verificou pela presença e bem-estar de sua colega-de-casa, ao abrir uma brecha da porta. O ronco veio como resposta, mas também... Algo diferente.
O que era aquilo? Rem conseguiu... Sentir o cheiro do hálito da moça? O coração dela batendo... O sangue pulsando em suas veias... O ar entrando e saindo de seus pulmões... Mas que diabos? O cheiro da meia jogada em cima do teclado do notebook usado... O contorno da garota enrolada mesmo na escuridão quase 100% total... As listras coloridas de um lençol que não deveriam poder ser divisadas sob uma iluminação tão precária... Tudo pareceu tão claro, aberto e óbvio... E que aura colorida era aquela que vibrava em torno do corpo da amiga? Aos olhos da garçonete, por um instante, aquilo pareceu um sonho. E era tanta informação que, tonta, Maschenny sentiu a necessidade de piscar e esfregar os olhos, dando uma tapinha no próprio rosto.
Quando os abriu de novo, tudo estava normal. Considerando tudo ser coisa de sua cabeça, a garota simplesmente se lembrou do horário e voltou a sair voada de sua casa; rumo ao seu emprego no Maid’s Café. Uma linha de metrô, alguns minutos, e vários olhares masculinos cobiçosos focados nas suas curvas depois, ela já entrava no seu estabelecimento de emprego e se aparamentava toda para iniciar a jornada de trabalho. Seus colegas lhe cumprimentavam de volta, e pareciam todos tê-la em ótima conta; assim como a dona do local.
Saindo para a linha de frente, era hora de atender os ávidos clientes! Bolinhos, cafés, sucos, tortas! Haviam tantos pedidos no dia de hoje que parecia realmente que algo de estranho ocorria na cidade, ou pelo menos no bairro em que o estabelecimento se localizava. A TV – Afixada em um suporte que a fazia ficar alta para que todos os presentes pudessem ver – Anunciava o motivo do sobe e desce: Uma seletiva para o famoso torneio da Fama, organizado pela guilda de nome similar “FAME”, aconteceria nas próximas horas, visando levar para a competição principal os melhores competidores de Busan; e a sede que comportaria o evento deles não era tão longe dali. O evento mobilizava milhares de espectadores, que iam checar as formidáveis lutas entre aqueles super-humanos que tanto intrigavam a população comum.
Foi no fim dessa notícia que aconteceu. Rem começou a sentir algo similar a um... Enjoo? Tudo rodou, como se a garota houvesse virado uma garrafa inteira de Jose Cuervo de uma só vez. De repente, o desequilíbrio momentâneo parecia se transformar em perfeito equilíbrio. As partículas de poeira se tornaram visíveis, e ela podia ouvir o filho que chorava pedindo um brinquedo para a mãe... Na outra esquina do quarteirão. As sirenes de uma ambulância, nesse momento, fizeram sua cabeça quase explodir; e a nossa heroína sentiu a insuportável vontade de ir ao banheiro; um dos seus colegas assumindo o seu lugar com um semblante preocupado – Por favor, Rem... Se precisar de algo, chame! – Virando-se em seguida para atender a gigantesca fila de clientes.
No banheiro, a sensação não passava. Não era só um flash como ocorrera mais cedo no quarto da amiga; mas um constante estado de existência. Ligou a pia para alcançar um pouco de água, mas... KAPUM! A torneira veio na sua mão! Água começava a jorrar para cima, no local, em um esguiche pressurizado e forte. Rem alcançou o registro geral para cessar a inundação que seria iminente e se apoiou na pia quando... KABUM! Metade da cerâmica que fazia o bojo do recipiente da pia quebrou e veio em sua mão, como isopor. O que era aquilo!? E foi quando ela olhou pro espelho pela primeira vez que viu:
Seu corpo inteiro brilhava com uma aura azulada. Dez, não... Cinquenta... Não... Cem vezes mais intensa do que a que viu mais cedo, no quarto da amiga. A energia se contorcia e se expandia, ao mesmo passo em que se contraía e se resguardava; formando quase como um efeito de respiração. Cada vez que um dos padrões de energia tocava a parede, ou o espelho, uma rachadura surgia; e em poucos segundos o banheiro novinho parecia ter sido alvo de uma verdadeira obra de vandalismo...
Knock knock – Na porta, a voz feminina da sua chefe se fazia presente; provavelmente avisada da sua ausência pelo colega preocupado que assumira seu lugar – Rem? O que está acontecendo? Tudo bem aí dentro? Precisa de algo, filha? – A maçaneta virou, tentando abrir... Era uma situação inusitada, e nova, mas não tão estranha a ponto de Maschenny não saber o que havia ocorrido. Pois ela sabia o que aquilo era. Sabia que não era um sonho, ou um pesadelo. Não estava dormindo... Pelo contrário.
Havia Despertado.
Rem escreveu:- Hazel!
- Tá acordada???? Onde você tá??
- Preciso da sua ajuda
- É sério
- Por favor
Post 02!
Seria complicado para qualquer um se colocar na posição de Rem, e fazer alguma idéia do que ela estava sentindo em meio àquela vertigem de puro caos. O fato é que a maçaneta virando com a voz da gentil dona do Maid’s Cafe parecia ativar um gatilho mental na nossa heroína, que numa explosão de velocidade irrompeu porta a fora deixando para trás a frase entrecortada da sua empregadora – D-D-Deus! O que aconteceu aqu...
Aos olhos não apurados dos meros humanos, clientes e funcionários, ela era um borrão. Um vendaval azul que cortou caminho gritando palavras de “vou pagar tudo” e “não tive intenção”. Sua celeridade impedia completamente qualquer tipo de interação, fosse ela boa ou má. E todos tiveram apenas que assistir enquanto a garota arrombava mais uma porta feito papelão, em sua pressa de sair. Os mil pedaços de vidro afiado e estilhaçado nem mesmo arranhando a sua pele que, agora, mais parecia uma blindagem metálica.
Antes mesmo de conseguir se cansar, parou de correr. Seu corpo havia seguido apenas instinto e memória muscular, de forma que seu cérebro não havia tido nenhum controle sobre a rota que tomara. A paisagem era familiar: Estava em uma pracinha com parque de diversões que já havia visitado certa vez, junto da sua colega Australiana. Ficava realmente a quilômetros do Maids Café, e não é necessário que se diga que nenhum humano comum (Nem mesmo alguns carros, com esse trânsito de hoje em dia) teria feito o percurso em tão pouco tempo. Maschenny se encontrava, literalmente, no centro do lugar, perto de uma fonte ornamentada da qual passarinhos bebiam água. Um casal de velhinho olhava para longe de ela, enquanto fazia caminhada. As dentaduras em ponto de cair dos queixinhos enrugados. Algumas crianças brincavam na caixa de areia, mas pareciam pouco se importar, ou nem mesmo tinham notado a presença da, agora, Desperta.
Tateou o celular, então; e mandou suas mensagens no aplicativo de sua preferência. Não muito tempo depois dos dois v’zinhos ficarem azuis, recebeu as seguintes respostas; em ordem respectiva à cada uma das frases emitidas. Todas, claro, em áudios curtos gravados e vociferadas pelo doce tom e pesado sotaque ‘aussie’ da sua companheira-de-casa:Flipflop App escreveu:‘Sup, Rem? Yea, Immawakenow, thank you very muuuch!”
(Eaí, Rem? É, tô acordada agora muuuito obrigado[sarcasmo])
Após escutar a entonação de Rem, Hazel também mudou a sua. Foi possível ouvir o som do edredom se movendo abruptamente, como se ela tivesse de fato dado um salto da cama.Flipflop App escreveu:Dahell happened? Don’t Worry mate! I’ll be right there! Just spit the coords!
(Que porra aconteceu? Não se preocupe, amiga! Já chego aí, só me diz onde!)
Depois de Rem explicar o local, Hazel apenas enviou um emoticon de positivo e, logo em seguida, pôde-se ver o seu status “online” sumindo; denunciando que havia fechado o app.
A espera demorou alguns minutos, mas logo um táxi de cor amarelada dobrou a esquina. Dele, saltou sua amiga que pagou e virou-se, ficando paralisada em seguida. Ela ficou lá, parada, encarando Maschenny como se nunca a houvesse visto antes – M-mas o quê porras... – Falou, dessa vez, em bom coreano. Correndo logo em seguida, aproximando-se – V-você Despertou, Rem! E essa intensidade de aura... No way! Essa aura é, no mínimo, maior do que a do Richard... E ele é Rank C! – O olhar da menina estava vidrado, mas logo ela balançou a cabeça e voltou ao seu jeito jovial comum – Você falou como se estivesse com problemas, miga, sua maluca! Isso não é problema!... É? O que você fez? Não machucou alguém sem querer, não, certo?!
Ela mal esperou uma resposta antes de prosseguir – Bom, desde que você não tenha... Matado alguém, não importa! A Associação geralmente cobre prejuízos feitos por Despertos que não controlam bem o primeiro contato com os poderes. Respira. Relaxa. Esse rush inicial logo passa... Claro que, com mais poder, deve ser mais difícil... E como você mesma sabe, eu sou só Rank D, então não saberia te dizer exatamente como deve estar sendo pra você...
Percebendo que estava tagarelando demais, ela apenas sentou num banquinho próximo e fez o gesto para que Rem sentasse do lado dela – Você deve estar cheia de medo. Cheia de perguntas. Senta, se acalma. Tem uma filial da ACC aqui pertinho, a gente vai precisar ir lá depois daqui, mas antes... Eu estou aqui pra te acalmar e tirar suas dúvidas... Ah, e para de fazer essa cara, isso é algo bom, sua boba! – O sorriso era genuíno e sincero; assim como a intenção de compartilhar quaisquer informações sobre o mundo dos Hunters, do qual A Tanker agora fazia parte também.
Rem escreveu:- Certo
- Vou mandar a localização*Rem compartilhou sua localização
Ligação escreveu:
PLIN PLIN PLIN...
[Atendente] - Associação dos Caçadores Coreanos, bom dia?
[Maid Café] - B.bom dia! Falo da Maid Café e quero relatar um incidente. Aconteceu algo estranho com uma garçonete de nosso Café, ela se trancou no banheiro e de repente destruiu nossa cafeteria, causando grandes estragos e pondo em risco muitas pessoas...
[Atendente] - Fique calma, senhora, por favor informe o nome de sua funcionária e se ela ainda se encontra no recinto.
[Maid Café] - O nome dela é Maschenny Rem, e ela saiu correndo daqui logo em seguida.
[Atendente] - Tudo bem, sem pânico, vamos enviar um agente para investigar o ocorrido.
|
Última edição por Leon em 24/7/2020, 18:44, editado 1 vez(es)
|
Solo Leveling RPG: Os grandes caçadores surgem aqui! » MUNDO » Aventuras Normais » COREIA DO SUL » A Garçonete que despertou como Caçadora e teve que aprender a lidar com isso!
Tópicos semelhantes
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos