Lee é um homem simples que pode ser definido por apenas uma frase perfeitamente: Conhecimento é poder. Em sua infância, cresceu fascinado por novas descobertas científicas e mesmo com seus 13 anos de idade já era possível vê-lo vez ou outra na biblioteca da escola pesquisando sobre publicações científicas bem avançadas para alguém de sua idade, mas devido a seu intelecto elevado e aguçado ferozmente desde sempre, conseguia compreender boa parte deles. Em sua juventude já tinha conhecimento suficiente para parear até mesmo os mais célebres nomes do país neste campo e logo que se formava no ensino médio, adentrava um laboratório para que pudesse prosseguir sua jornada. Física, biologia, química, cada vez mais assuntos começavam a fazer parte de seu conhecimento e, como era de se esperar de alguém de seu calibre, rapidamente ganhou notoriedade em meio a comunidade. Contudo, Lee pouco se importava com isto, seu foco foi e sempre será obter mais conhecimento sobre os mais diversos campos. Apesar de odiar ter que responder perguntas, pois dificilmente considerava alguém digno o suficiente de suas respostas e voraz o suficiente para entende-las como um todo, ainda era forçado pelo laboratório ao qual tinha se vinculado a ocasionalmente responder, em sua maioria eram como entrevistas para revistas e artigos do ramo, que respondia sempre de forma precisa e direta para que pudesse logo retornar aos seus afazeres.
Todavia, um tipo de pergunta em específico sempre estava na pauta dos entrevistadores, coisas como "Qual o limite da Ciência?" E "Você acredita que existam coisas que a ciência não seja capaz de explicar?" E Lee prontamente respondia para ambas a mesma coisa: Nenhum. Uma coisa que ele não poderia se importar menos, mas desde sempre era um empecilho vinha lhe incomodar novamente, a questão monetária. Era necessário manter o laboratório funcionando e também equipamentos sempre cada vez mais atualizados e caros e, como boa parte de suas pesquisas acabava mantendo para si, o laboratório que o havia empregado acabava não entregando os resultados esperados e, por consequência, tinha que fechar as portas. Passou a tentar montar um laboratório em sua própria casa, mas, obviamente, não tinha fundos suficiente para isto. Tentou divulgar algumas de suas descobertas, mas sem o nome de um grande laboratório por trás do seu não tinha mais a notoriedade que antes possuía e o máximo que conseguiu foi alguns posts online sobre o assunto, o que desnecessário dizer… Não lhe dava retorno suficiente. Seu único "amigo" ou o mais próximo disso que possuía, dizia para ele não perder a fé que tudo dê ajeitaria um dia e isto gerava uma repulsa enorme no cientista, que abominava toda e qualquer forma de exotérico e crença sem embasamento científico.
Ele poderia ter se juntado a algum laboratório menor e sobrevivido com um salário adequado, mas sua ambição e egoísmo exigia que tivesse apenas o melhor, pois apenas assim conseguiria obter os melhores resultados. Passando em frente a uma loja de eletrodomésticos durante uma noite qualquer, Lee acabava escutando que o casal Namgung, uns figurões do mundo econômico coreano, acabara de falecer em um trágico acidente de carro, deixando como herdeira de sua fortuna sua única filha de 13 anos. Pela primeira vez em sua vida sentiu algo que não fosse curiosidade pela descoberta, e ironicamente, descobria o sentimento da inveja. Não de sua fortuna, ele realmente não se importava com isso, mas sim o fato de que essa garota provavelmente nunca teria que passar por preocupações mundanas como as que ele tinha no momento, podendo focar no que desejasse. Por fim, amargando a verdade de que nem só de conhecimento vive o homem, acabou se rendendo a um laboratório mais básico, apenas para ter como se sustentar. Dois anos de passaram desde então e o fenômeno conhecido como Despertar atingia o cientista. O fenômeno por si só era um poço sem fundo de incógnitas, o que deixava Lee num êxtase por tudo aquilo que poderia ser descoberto mas, relativo a ele em específico, um mundo ainda maior se mostrava. Havia despertado como um Elementalista e de alguma forma agora era capaz de controlar e gerar os elementos que passou sua vida inteira estudando.
Pela primeira vez em sua vida estava incrédulo com o que acontecia bem a sua frente. Mesmo com todo seu intelecto e, possivelmente justamente por ser tão elevado, não conseguia acreditar no que lhe ocorria. Contudo, depois do choque inicial da descoberta de algo que nem em seu mais longínquo sonho chegou a imaginar, a magia, seu plano de vida mudou completamente. Ele sabia que este fenômeno iria mudar as leis nas quais se prendeu a vida toda, era inevitável e, visando isto, sua nova meta de vida não era mais obter todo o conhecimento possível, mas sim descobrir como essa nova desenvoltura afetaria o mundo como conhecia. Tendo isto em mente, rapidamente se jogou nos tais Portais que abriam por todo o país, pois era o local perfeito para testar seus novos poderes. Nunca pensou que iria fazer qualquer tipo de combate um dia, mas aquilo para ele não era isto e sim apenas mais uma de suas experiências. Depois de obter uma base que considerou aceitável para iniciar seus estudos sobre magia e ainda fascinado com tudo aquilo, resolvia que era hora de solucionar a questão monetária de sua vida.
Curiosamente, enquanto caminhava pela rua pensando em como faria isto uma limosine parava ao seu lado e nem teria percebido devido a estar perdido em seus próprios pensamentos não fosse o fato de reconhecer a garota que logo saia lá de dentro. Era a herdeira dos Namgung, Sun Hee. Aparentemente Lee havia despertado como um Rank S e apesar de não ligar para esses rótulos, naquele momento em específico isto lhe servia muito bem. A garota lhe fazia uma proposta: Ela usaria o nome de Lee e sua força como Rank S para liderar sua guilda, em troca, ela lhe forneceria e arcaria com todo e qualquer custo de suas pesquisas atuais e futuras. Lee não poderia ligar menos para coisas como essas novas organizações conhecidas como Guildas, mas o retorno de tal proposta era algo que para ele era praticamente irresistível. Se não tivesse que se preocupar mais com dinheiro, poderia manter seu foco completo na magia, algo que sempre quis a vida inteira. Por tanto, nem precisou pensar muito para aceitar a proposta. A garota certamente tinha o faro dos pais para negócio, pois logo fez com que o cientista assinasse um contrato, algo que para qualquer pessoa nesse novo mundo seria algo surreal considerando a força de um Rank S e como ele poderia facilmente descumprir algo tão simples, mas o cientista tinha sua honra e, por mais estranho que fosse, um certo fascínio pela garota que também havia despertado como uma maga, porém Invocadora.
O contrato era bem simples, tudo que Lee precisava fazer era agir como líder em certos momentos quando ela lhe pedisse, para manter as aparências já que por algum motivo a garota preferia ordenar a guild das sombras, talvez pela hiperexposicão que sofreu da mídia a vida toda como herdeira, quem sabe. O fato era que o mago havia resolvido boa parte dos problemas de sua vida e, apesar de agora ser nacional e mundialmente conhecido como o líder da Fiend, além da alcunha de Arquimago devido a seu vasto saber da magia, sendo considerado o mago mais forte do país, ainda estava feliz com o resultado.