• Elemento: Trevas
• Lábia
• Atuação
• Sedução
• Intimidação
• Apostador
Por padronização, seu vestuário consiste em uma blusa preta de mangas longas e decote em V, bem como calças da mesma cor, além de sandálias tradicionais de cano alto, possibilitando a chegada até suas canelas. Da mesma forma, ele usa uma grande jaqueta de inverno preta, aproximadamente com extensão até suas coxas, apresentando um tecido de veludo com penugem em regiões como o capuz, bocal dos pulsos e no limite horizontal da vestimenta. Naga também usa alguns adornos de prata, como anéis em cada um de dedos indicadores e um colar, que tem como pingente, uma cruz de cabeça para baixo.
Graças aos costumes renomados de sua linhagem mafiosa, Willian desde cedo normalizou e se afeiçoou ao sangue, sensações de dor, medo e tortura; sendo considerado por muitos como um verdadeiro prodígio e mestre por desenvolver um sangue frio e inabalável.
Naga Shoji do Japão, diferentemente de Willian transmite um ar leve e calmo, sendo extremamente educado e paciente. É do tipo que pensa duas ou três vezes antes de agir, possuindo assim um talento nato para criação de estratégias e táticas. Seu humor é levemente ácido, adquirindo por muitas vezes um ar sarcástico em suas brincadeiras. Não é o tipo que busca ou compra brigas, comumente esgueirando-se da melhor maneira possível de situações que entonam para isso.
Ambas as personalidades funcionam em conjunto, quase sempre uma sobrepondo a outra mas nunca de maneira desordenada ou incoerente.
Inglaterra - liverpool - 23:56
(barulho de tiro)
- Corre Will, corre! - Vociferava Morgan em angustia.
- Você não pode ficar para trás, não pode... Eu não permitirei -
(corrida e respiração ofegante)
- Eu mandei correr, caralho! Vai logo, ele já deve ter nos encontrado, vamos, aqui, vamos nos esconder -
(batidas de porta e solados)
- Ele entrou... -
A agitação no pequeno cômodo permutava para um silêncio ensurdecedor, apenas vossos batimentos eram audíveis, estes que faziam dueto com o arrastar de botas do infortuno desconhecido.
-Lembra o que o nosso pai nos ensinou? Não abaixamos a cabeça e sempre buscamos por mais poder, somos conhecidos por isso, ambição... Então me prometa, você va -
(Som da porta se partindo ao meio)
-Vai caralho, eu seguro ele! Pula a janela, vai! Vai! Vai! -
E assim eu fui...
Ainda que me esforce, essa é uma das poucas coisas que me lembro daquele dia. Me disseram que foi uma queda de dez metros e que meu corpo se assemelhava a um boneco, havia apagado e por um bom tempo acharam que meus dias na terra se esvarria junto ao sangue. Cresci sendo chamado de pequeno milagre. Meu irmão? Assim como o corpo de meu pai, desapareceram. Tudo isso aconteceu quando eu tinha apenas doze anos.
Fui acolhido pela família que havia me socorrido, não havia outros familiares na cidade e os de Manchester estavam foragidos com medo de serem os próximos alvos. De Willian Shelby, passei a ser Naga Shoji, Filho de Hiroyuki e Yukimi Shoji. Meus antigos companheiros: pólvora, lâmina, soco inglês, tatame e bonecos de luta davam a vez para a linha e agulha, pincel e tinta, ambos os principais instrumentos de trabalho daquela casa. De uma família imponente de mafiosos, para a simplória calmaria da vida comum.
six years later
Conforme as primaveras se avançavam, mas eu deixava de ser o Willian, um prodígio mafioso e me tornava o Naga, um tranquilo costureiro e pintor. Mas como sufocar algo tão vivo? Algo que corre em suas veias e ferve por todo seu corpo? Era inevitável não sair pelas noites em busca de briga barata e desnecessária, até mesmo convites para filiar-se a outras máfias ocorriam, mas quanto mais Willian, mais forte o Naga puxava. Até que aquele dia chegou.
Em uma de minhas volúpias noturnas, algo parecia incomum, após o desfecho de uma briga entre mim e outros quatro, uma quinta presença parecia emergir cautelosamente, quase que esgueirando-se nas sombras de modo a passar despercebido. Ignorei, mas mantive a guarda levantada confiante em meus punhos. Entre ruas e vielas, uma singela perseguição ocorria, lenta e cautelosa como um jogo de xadrez. Até que subitamente a presença sumia, não havia enfraquecido, não havia perdido ela de vista, ela simplesmente sumiu...
-Um Shelby... Vivo? -
Proferia uma voz seca e ríspida a dois metros de minha retaguarda. Que velocidade, mas será que isso realmente provem de velocidade? Era inacreditável acreditar que aquilo de fato era humano. Me mantive em silêncio sobre o questionamento, seria possível que mesmo depois de tanto tempo, ainda procuravam por mim?
-Um Shelby...
(vush)
Uma investida incrivelmente veloz era iniciada em minha direção, dando origem a um golpe de joelho feito em um movimento de baixo para cima que colidia contra minhas costas, forte o suficiente para me erguer alguns centímetros ao ar. Minha surpresa com tamanha força mal podia ser expressada, pois o homem continuava sua ação com uma pegada firme em minha nuca, finalizando com um súbito lançar de minha cabeça ao chão, onde o mesmo fazia questão de pressiona-la sobre o solo.
-Esse sangue maldito havia sido exterminado... Porque uma criança como você ainda está respirando o ar de nossa cidade? -
A voz proferia as palavras lentamente, mas em um tom ríspido, seco e enfurecido. Uma lâmina então era sacada por sua mão livre, esta que ali não tardava, sendo rapidamente cravada em meu ombro direito. Gritei, mas logo me contive, não por vontade própria, mas pela ação do homem de ralar minha boca contra a terra.
-Cachorros não gritam, eles latem -
Seus golpes eram consecutivos, passando de ombro, para antebraço, encerrando com alguns outros golpes nas costas e riscos sobre o pé do pescoço. Minha vida parecia mais uma vez ter um fim trágico. Será que tudo isso é pelos erros e massacres que meu sangue proporcionou? Se assim for, eu mereço essa morte, assim como os meus semelhantes, não? Mas porque só agora? (...) Me entregava, não havia mais saída se não esperar que aquilo terminasse. Mas... Uma luz? O que é essa luz?
-Vem... -
Proferia em tom doce, chamando-me... Essa voz...
(gritos de dor)
Retomava a consciência montado sobre o tórax do homem, impedindo ambos os braços com meus joelhos, enquanto desferia inúmeros golpes de faca ao seu pescoço e face. O homem desfalecia desfigurado. Já havia matado antes e mais de uma vez, mas o tempo parecia me amolecer. Aquele sangue quente e escarlate impregnava toda minha roupa e pequenas partes do rosto. Aquela luz... Essa sensação... Tenho que me livrar do corpo. O despejava no canal local, levando um pouco daquela água sobre minha face e veste, tentando retirar o excesso de sangue. Essa cidade, não posso ficar aqui.
Antes que amanhecesse, me dirigi a minha casa e recolhi todos os meus pertences, roupas, dinheiro e afins, destinando-me ao aeroporto da cidade onde seria compranda a primeira passagem que encontrasse. Japão? Ok, um novo começo. Desculpe irmão, mas não vou poder cumprir a promessa que te fiz... Partia da Inglaterra como Naga, certificando-me que o Willian havia sido apagado e deixado de lado para todo o sempre naquela cidade. Mas o que foi sensação de poder que senti? Aquela voz... Algo parece diferente... Seria isso o famigerado despertar? Minha mente rodopiava em devaneios. De qualquer forma, estou bem melhor sabendo ainda posso ter mais um recomeço. Que sorte.
Today – Japão – 06:46
---------------------------------(barulho de tiro)
- Corre Will, corre! - Vociferava Morgan em angustia.
- Você não pode ficar para trás, não pode... Eu não permitirei -
(corrida e respiração ofegante)
- Eu mandei correr, caralho! Vai logo, ele já deve ter nos encontrado, vamos, aqui, vamos nos esconder -
(batidas de porta e solados)
- Ele entrou... -
A agitação no pequeno cômodo permutava para um silêncio ensurdecedor, apenas vossos batimentos eram audíveis, estes que faziam dueto com o arrastar de botas do infortuno desconhecido.
-Lembra o que o nosso pai nos ensinou? Não abaixamos a cabeça e sempre buscamos por mais poder, somos conhecidos por isso, ambição... Então me prometa, você va -
(Som da porta se partindo ao meio)
-Vai caralho, eu seguro ele! Pula a janela, vai! Vai! Vai! -
E assim eu fui...
Ainda que me esforce, essa é uma das poucas coisas que me lembro daquele dia. Me disseram que foi uma queda de dez metros e que meu corpo se assemelhava a um boneco, havia apagado e por um bom tempo acharam que meus dias na terra se esvarria junto ao sangue. Cresci sendo chamado de pequeno milagre. Meu irmão? Assim como o corpo de meu pai, desapareceram. Tudo isso aconteceu quando eu tinha apenas doze anos.
Fui acolhido pela família que havia me socorrido, não havia outros familiares na cidade e os de Manchester estavam foragidos com medo de serem os próximos alvos. De Willian Shelby, passei a ser Naga Shoji, Filho de Hiroyuki e Yukimi Shoji. Meus antigos companheiros: pólvora, lâmina, soco inglês, tatame e bonecos de luta davam a vez para a linha e agulha, pincel e tinta, ambos os principais instrumentos de trabalho daquela casa. De uma família imponente de mafiosos, para a simplória calmaria da vida comum.
six years later
Conforme as primaveras se avançavam, mas eu deixava de ser o Willian, um prodígio mafioso e me tornava o Naga, um tranquilo costureiro e pintor. Mas como sufocar algo tão vivo? Algo que corre em suas veias e ferve por todo seu corpo? Era inevitável não sair pelas noites em busca de briga barata e desnecessária, até mesmo convites para filiar-se a outras máfias ocorriam, mas quanto mais Willian, mais forte o Naga puxava. Até que aquele dia chegou.
Em uma de minhas volúpias noturnas, algo parecia incomum, após o desfecho de uma briga entre mim e outros quatro, uma quinta presença parecia emergir cautelosamente, quase que esgueirando-se nas sombras de modo a passar despercebido. Ignorei, mas mantive a guarda levantada confiante em meus punhos. Entre ruas e vielas, uma singela perseguição ocorria, lenta e cautelosa como um jogo de xadrez. Até que subitamente a presença sumia, não havia enfraquecido, não havia perdido ela de vista, ela simplesmente sumiu...
-Um Shelby... Vivo? -
Proferia uma voz seca e ríspida a dois metros de minha retaguarda. Que velocidade, mas será que isso realmente provem de velocidade? Era inacreditável acreditar que aquilo de fato era humano. Me mantive em silêncio sobre o questionamento, seria possível que mesmo depois de tanto tempo, ainda procuravam por mim?
-Um Shelby...
(vush)
Uma investida incrivelmente veloz era iniciada em minha direção, dando origem a um golpe de joelho feito em um movimento de baixo para cima que colidia contra minhas costas, forte o suficiente para me erguer alguns centímetros ao ar. Minha surpresa com tamanha força mal podia ser expressada, pois o homem continuava sua ação com uma pegada firme em minha nuca, finalizando com um súbito lançar de minha cabeça ao chão, onde o mesmo fazia questão de pressiona-la sobre o solo.
-Esse sangue maldito havia sido exterminado... Porque uma criança como você ainda está respirando o ar de nossa cidade? -
A voz proferia as palavras lentamente, mas em um tom ríspido, seco e enfurecido. Uma lâmina então era sacada por sua mão livre, esta que ali não tardava, sendo rapidamente cravada em meu ombro direito. Gritei, mas logo me contive, não por vontade própria, mas pela ação do homem de ralar minha boca contra a terra.
-Cachorros não gritam, eles latem -
Seus golpes eram consecutivos, passando de ombro, para antebraço, encerrando com alguns outros golpes nas costas e riscos sobre o pé do pescoço. Minha vida parecia mais uma vez ter um fim trágico. Será que tudo isso é pelos erros e massacres que meu sangue proporcionou? Se assim for, eu mereço essa morte, assim como os meus semelhantes, não? Mas porque só agora? (...) Me entregava, não havia mais saída se não esperar que aquilo terminasse. Mas... Uma luz? O que é essa luz?
-Vem... -
Proferia em tom doce, chamando-me... Essa voz...
(gritos de dor)
Retomava a consciência montado sobre o tórax do homem, impedindo ambos os braços com meus joelhos, enquanto desferia inúmeros golpes de faca ao seu pescoço e face. O homem desfalecia desfigurado. Já havia matado antes e mais de uma vez, mas o tempo parecia me amolecer. Aquele sangue quente e escarlate impregnava toda minha roupa e pequenas partes do rosto. Aquela luz... Essa sensação... Tenho que me livrar do corpo. O despejava no canal local, levando um pouco daquela água sobre minha face e veste, tentando retirar o excesso de sangue. Essa cidade, não posso ficar aqui.
Antes que amanhecesse, me dirigi a minha casa e recolhi todos os meus pertences, roupas, dinheiro e afins, destinando-me ao aeroporto da cidade onde seria compranda a primeira passagem que encontrasse. Japão? Ok, um novo começo. Desculpe irmão, mas não vou poder cumprir a promessa que te fiz... Partia da Inglaterra como Naga, certificando-me que o Willian havia sido apagado e deixado de lado para todo o sempre naquela cidade. Mas o que foi sensação de poder que senti? Aquela voz... Algo parece diferente... Seria isso o famigerado despertar? Minha mente rodopiava em devaneios. De qualquer forma, estou bem melhor sabendo ainda posso ter mais um recomeço. Que sorte.
Today – Japão – 06:46
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