• Especialização médica: Ortopedista
• Cirurgia
• Diagnose
• Tratamento
• Venefício
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Acompanhando o olhar de tédio, sempre presente, o cigarro aceso já quase como uma extensão de si queima vagarosamente, caído de forma despreocupada nos lábios. O monóculo também compõem-se como marca registrada, auxiliando a visão do olho esquerdo. Suas roupas são sempre bem apessoadas, como ternos e camisas sociais de cores escuras, assim como uma batina branca em volta do pescoço que estende-se até pouco abaixo da cintura, onde na ponta do pano existe um desenho de yin yang bordado, como sinal de proteção.
Seu corpo é esguio e leve, dando-lhe um porte orgulhoso ao caminhar e parar com as mãos nos bolsos. Os cabelos, conservados longos para serem amarrados por um rabo de cavalo rente à nuca, são negros e lisos, bem como as sobrancelhas que arqueiam uma face séria e pouco interessada no mundo ao redor. A pele pálida beira quase a doentia, emoldurada por olheiras de noites mal dormidas e centenas de pontas de cigarro no cinzeiro.
Seu corpo é esguio e leve, dando-lhe um porte orgulhoso ao caminhar e parar com as mãos nos bolsos. Os cabelos, conservados longos para serem amarrados por um rabo de cavalo rente à nuca, são negros e lisos, bem como as sobrancelhas que arqueiam uma face séria e pouco interessada no mundo ao redor. A pele pálida beira quase a doentia, emoldurada por olheiras de noites mal dormidas e centenas de pontas de cigarro no cinzeiro.
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Se todas as pessoas são universos assim como dizem, Hong é complexo na mesma medida. Uma das primeiras coisas a serem ditas sobre ele é que sua forma de agir pode oscilar entre um estado de seriedade profunda, solidão exagerada e até mesmo um pouco de luxúria, até alguém que adora trocadilhos ruins, contato ocular e até arrisca alguns sorrisos. Tudo vai depender do quanto se sente à vontade no ambiente. É metódico, organizado e odeia palavras de baixo calão, aprovando sempre o cavalheirismo e os bons modos em primeiro lugar. Alguns o achariam um metido que subiu na vida apoiando-se nas costas de pessoas mais fortes. Elas estão absolutamente corretas.
Por mais que odeie admitir, sua personalidade é gentil, realmente se importando com as pessoas ao seu redor e mantendo-se pronto para ajudar quem precisa de uma mão estendida. Entretanto, seu semblante mantém-se fechado, de poucos amigos, como se observasse o mundo através de uma feição debochada e casual. É maduro e racional, como sempre precisou ser, confiante mais em sua mente que em seu corpo na maioria dos casos. Expressa confiança, ainda que não esteja sentindo. No fim, a realidade é que ele adora falar sobre filosofia, o sentido da vida, a galáxia e sobre as verdades ou não verdades do existir, e ver-se salvando os que precisam através de suas mãos em dungeons parece um ótimo ramo a se tentar.
Por mais que odeie admitir, sua personalidade é gentil, realmente se importando com as pessoas ao seu redor e mantendo-se pronto para ajudar quem precisa de uma mão estendida. Entretanto, seu semblante mantém-se fechado, de poucos amigos, como se observasse o mundo através de uma feição debochada e casual. É maduro e racional, como sempre precisou ser, confiante mais em sua mente que em seu corpo na maioria dos casos. Expressa confiança, ainda que não esteja sentindo. No fim, a realidade é que ele adora falar sobre filosofia, o sentido da vida, a galáxia e sobre as verdades ou não verdades do existir, e ver-se salvando os que precisam através de suas mãos em dungeons parece um ótimo ramo a se tentar.
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Se você nunca esteve em Bangkok, dificilmente entenderá a psique de quem lá viveu a vida até a adolescência, preso nos emaranhados da urbanidade caótica da megalópole que esconde - ou não - o pior do ser humano em seus subúrbios e becos úmidos. Filho de um trabalhador braçal das grandes feiras ao ar livre, Hong foi criado por um pai viúvo já tomado pela aparência abatida, envelhecido pelos anos e pelo sofrimento, perdido em seus vícios noturnos e prazeres carnais que só alimentavam ainda mais a solidão de um homem quebrado. Durante esses árduos anos, o garoto de aparência franzina precisou se virar como pôde, visto que seu progenitor mantinha-se na maior parte do tempo ausente.
A pequena escola do bairro também era a mesma onde alguns delinquentes juvenis e até criminosos fichados estudavam. Astuto, o garoto foi capaz de formar uma aliança com eles, fornecendo conhecimento e uma forma mais prática de ensino de matéria em troca de proteção e amizade. Essa informação é importante pois pontua bem sua habilidade em negociar sua inteligência em troca dos benefícios que os poderosos poderiam lhe proporcionar. Cuidar de seres mais fortes, ainda que de índoles duvidosas, desde muito novo - quem sabe um treinamento pro que estaria por vir - era uma forma excelente de levar a vida para alguém sem capacidades físicas como ele. Nos horários livres, dava aulas particulares de biologia, química e matemática para os idosos de sua comunidade em troca do que eles poderiam pagar. A ajuda mútua trazia conhecimento para seus iguais, bem como comida para sua mesa, enquanto seu pai dormia em algum canto, ébrio demais após engolir qualquer destilado barato.
O fato é que a vida tem um senso de humor quase poético. Sendo assim, seu pai, o homem mais triste do mundo, finalmente ganhou na loteria. Literalmente. O maldito acertou o bilhete premiado. Sim, eis que o garoto quase conseguiu enxergar uma luz no fim de todo aquele breu sepulcro que havia sido a vida até então. Tolo, acreditar que o dinheiro poderia favorecer alguém além do velho que mais o via como um peso em sua vida e nada além. Talvez aqueles cifrões tenha-os afastado ainda mais, agravando-se poucos meses depois quando seu vício em apostas nas casas de esportes fez com que sua pequena fortuna se esvaísse rapidamente. Não suficiente, sobraram dívidas a serem pagas: Uma delas, com a própria vida de seu pai. Hong não sofreu. Não chorou. Sabia que seu pai era um caso perdido, uma casca do que talvez já tenha sido. Porém, ainda havia uma pendência e, ao que parecia, os mafiosos queriam que ele se incumbisse dela.
Foi levado frente ao rei de Bangkok, sem oportunidade de escolha. Parecia uma missão fácil: Colocar dez quilos de pasta-base de uma nova droga sintética em seu estômago e atravessar para os EUA em um avião comercial. O acordo também era simples. Ou cumpria, ou morria. Mas eu não disse que a vida é engraçada? Veja bem, um dos capangas daquele poderoso homem foi um dos alunos marginais de Hong na pequena escola de bairro nas entranhas da capital. Imagine só a surpresa do rapaz ao ouvir seu nome sendo chamado com certa intimidade. Oras, se ele era uma pessoa inteligente, então colocá-lo como atravessador seria um desperdício… Talvez houvesse uma função melhor, foi o que o chefe do crime organizado pensou.
O fato é que não demorou para que o jovem se visse em um avião rumo à Nova York, com a matrícula na faculdade de medicina carimbada e apartamento pago já pelos próximos sete anos que se viriam. Aquele era o tempo médio necessário para se tornar um ortopedista esportivo, e após esse período deveria voltar para Bangkok para ser o médico vitalício que fraudaria laudos em um esquema de apostas de times de Rugby, diagnosticando os jogadores da forma que o rei do crime quisesse.
Hong foi o melhor aluno de sua classe. Graduado com condecorações e toda essa merda cujo qual ele pouco se importava. Na faculdade, aprendeu sobre o corpo humano de forma profunda, realizou cirurgias e aprendeu sobre remédios: sabendo que para que se tornassem venenos, só dependeria da dose. Viveu em luxo absoluto durante anos, aproveitou festas, drogas, mulheres e, principalmente, das luzes embaçadas da cidade no olhar pela cobertura a cada amanhecer, onde bebericava seu whisky e fumava mais um cigarro apoiado no parapeito. Formou-se, especializou-se e até estagiou em um time de basquete. Assim se passaram sete anos. Parecia um tempo longo demais para investir em um esquema, mas o chefe do crime era um homem de visão. Conhecia sobre como fazer dinheiro. Tanto que, por mais longínquo que parecesse, o dia de retornar finalmente chegou, mas com ele também veio o despertar.
Se existe algo sobre a vida, é que ela pode ser completamente imprevisível. Dungeons? Monstros? Poderes? Magia? Agora lá estava ele, tendo que lidar com toda essa merda, sendo um dos portadores de capacidades incríveis. Como poderia voltar à Bangkok? O chefe do crime não havia recebido nenhum despertar. Será que pela primeira vez, sentiria-se acima da cadeia alimentar comum? Ainda que durante toda sua vida, pareceu preparar-se para o momento de tornar-se um caçador como que seria. Um healer? Soava bem.
A pequena escola do bairro também era a mesma onde alguns delinquentes juvenis e até criminosos fichados estudavam. Astuto, o garoto foi capaz de formar uma aliança com eles, fornecendo conhecimento e uma forma mais prática de ensino de matéria em troca de proteção e amizade. Essa informação é importante pois pontua bem sua habilidade em negociar sua inteligência em troca dos benefícios que os poderosos poderiam lhe proporcionar. Cuidar de seres mais fortes, ainda que de índoles duvidosas, desde muito novo - quem sabe um treinamento pro que estaria por vir - era uma forma excelente de levar a vida para alguém sem capacidades físicas como ele. Nos horários livres, dava aulas particulares de biologia, química e matemática para os idosos de sua comunidade em troca do que eles poderiam pagar. A ajuda mútua trazia conhecimento para seus iguais, bem como comida para sua mesa, enquanto seu pai dormia em algum canto, ébrio demais após engolir qualquer destilado barato.
O fato é que a vida tem um senso de humor quase poético. Sendo assim, seu pai, o homem mais triste do mundo, finalmente ganhou na loteria. Literalmente. O maldito acertou o bilhete premiado. Sim, eis que o garoto quase conseguiu enxergar uma luz no fim de todo aquele breu sepulcro que havia sido a vida até então. Tolo, acreditar que o dinheiro poderia favorecer alguém além do velho que mais o via como um peso em sua vida e nada além. Talvez aqueles cifrões tenha-os afastado ainda mais, agravando-se poucos meses depois quando seu vício em apostas nas casas de esportes fez com que sua pequena fortuna se esvaísse rapidamente. Não suficiente, sobraram dívidas a serem pagas: Uma delas, com a própria vida de seu pai. Hong não sofreu. Não chorou. Sabia que seu pai era um caso perdido, uma casca do que talvez já tenha sido. Porém, ainda havia uma pendência e, ao que parecia, os mafiosos queriam que ele se incumbisse dela.
Foi levado frente ao rei de Bangkok, sem oportunidade de escolha. Parecia uma missão fácil: Colocar dez quilos de pasta-base de uma nova droga sintética em seu estômago e atravessar para os EUA em um avião comercial. O acordo também era simples. Ou cumpria, ou morria. Mas eu não disse que a vida é engraçada? Veja bem, um dos capangas daquele poderoso homem foi um dos alunos marginais de Hong na pequena escola de bairro nas entranhas da capital. Imagine só a surpresa do rapaz ao ouvir seu nome sendo chamado com certa intimidade. Oras, se ele era uma pessoa inteligente, então colocá-lo como atravessador seria um desperdício… Talvez houvesse uma função melhor, foi o que o chefe do crime organizado pensou.
O fato é que não demorou para que o jovem se visse em um avião rumo à Nova York, com a matrícula na faculdade de medicina carimbada e apartamento pago já pelos próximos sete anos que se viriam. Aquele era o tempo médio necessário para se tornar um ortopedista esportivo, e após esse período deveria voltar para Bangkok para ser o médico vitalício que fraudaria laudos em um esquema de apostas de times de Rugby, diagnosticando os jogadores da forma que o rei do crime quisesse.
Hong foi o melhor aluno de sua classe. Graduado com condecorações e toda essa merda cujo qual ele pouco se importava. Na faculdade, aprendeu sobre o corpo humano de forma profunda, realizou cirurgias e aprendeu sobre remédios: sabendo que para que se tornassem venenos, só dependeria da dose. Viveu em luxo absoluto durante anos, aproveitou festas, drogas, mulheres e, principalmente, das luzes embaçadas da cidade no olhar pela cobertura a cada amanhecer, onde bebericava seu whisky e fumava mais um cigarro apoiado no parapeito. Formou-se, especializou-se e até estagiou em um time de basquete. Assim se passaram sete anos. Parecia um tempo longo demais para investir em um esquema, mas o chefe do crime era um homem de visão. Conhecia sobre como fazer dinheiro. Tanto que, por mais longínquo que parecesse, o dia de retornar finalmente chegou, mas com ele também veio o despertar.
Se existe algo sobre a vida, é que ela pode ser completamente imprevisível. Dungeons? Monstros? Poderes? Magia? Agora lá estava ele, tendo que lidar com toda essa merda, sendo um dos portadores de capacidades incríveis. Como poderia voltar à Bangkok? O chefe do crime não havia recebido nenhum despertar. Será que pela primeira vez, sentiria-se acima da cadeia alimentar comum? Ainda que durante toda sua vida, pareceu preparar-se para o momento de tornar-se um caçador como que seria. Um healer? Soava bem.
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