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Tudo aconteceu de forma rápida como num piscar de olhos! Minha estratégia havia dado certo, eu consegui aggrar o monstro, fazendo com que ele viesse em minha direção. De repente, percebi correntes cercando as asas da criatura e uma saraivada de flechas em nossa direção. Minha adrenalina estava elevada e meu foco total estava no monstro, eu desejava abatê-lo o mais depressa possível, portanto, não me preocupei totalmente com minha defesa, afinal, eu sabia que seria muito difícil algo me atingir pra valer.

Quando a poeira baixou, eu fitei o monstro caído sem vida, a besta havia sido derrotada, mas a ocorrência era bem preocupante. Afinal, aquela era uma região muito populosa. — "De onde saiu esse monstro?" — Me perguntei.

Com minha adrenalina começando a baixar, eu sacudi meu terno para limpar a poeira dos destroços, e, com minha mão esquerda, arranquei da lateral do meu peito o que parecia ser um fragmento de flecha. Eu a agarrei e a estilhacei com a força do meu cerrar de punhos. Pouco depois, eu dei alguns passos adiante e me aproximei do que parecia ser um Caçador, ele estendia a mão para frente de forma cordial, e se apresentava.

Eu retribui o aperto de mão, e então respondi.

— Prazer em conhecê, me chamo Leon Spad, sou um Fighter Rank B.

— Aquelas correntes vieram de sua direção, então presumo que você também é um Caçador, certo?  

— Uma flecha me acertou, você viu mais algum monstro ou Caçador por aqui?

Aguardei um pouco as consideração de Trae, enquanto eu completava o que eu o havia escutado.

— Me pergunto se a Dungeon de onde saiu esse monstro já se fechou...

Fiquei aguardando as considerações de Trae observando ao redor, buscava me certificar de que não havia mais nenhum monstro por perto, e estava curioso para descobrir de onde havia saído aquela flecha.

VIDA : 11.860

MANA : 500

O jogo da sedução e da conquista era algo divertido e excitante para mim, era como um jogo, onde cada um possuía os seus próprios interesses. Na realidade, eu não possuía interesse algum se não o de saciar o meu próprio desejo. Aquela mulher era realmente bonita e sensual, qualquer homem se dobraria pelo simples fato de sua companhia, para mostrar aquilo que não era. Eu, bem, eu não desejava ter a sua companhia para mostrar nada a ninguém, eu apenas seguia os meus instintos, e eles berravam dentro de mim para eu sentir de perto o cheiro e o gosto dessa bela garota. Era quase algo animal.

— Todos temos habilidades particulares, coisas interessantes que gostamos de mostrar. Mas, eu em especial prefiro conhecer os segredos, aquilo que gostamos de esconder, pois é lá que reside os nossos maiores desejos.

Falava com minha voz naturalmente forte e rouca, sem desviar o olhar. Então, ofereci um braço para a dama caminhar sob minha proteção. Ela parecia frágil e dócil, o tipo mais sensual e perigoso de mulher. A outra morena com traços orientais havia se distanciado, talvez não desejando ficar de "vela", um ditado popular latino, mas a verdade era que se ela quisesse participar do pequeno happy hour, seria bem-vinda também.

— Interessante, deve ser muito diferente morar no oriente...

— Eu moro atualmente em Nova York, e você é bem-vinda para conhecer o meu apartamento quando voltar à America.

— A propósito, espero que a sua amiga não tenha se importado de eu a raptar um pouco.

Caminhei então adiante com Ananke ao meu lado, ela se portava como uma verdadeira dama, e, como se destilasse um veneno inevitável, ela espalhava sua sensualidade para onde fosse. Após um pouco caminhar, nós finalmente chegamos em um PUB no Hall principal. Haviam muitas pessoas esquisitas ali, como um palhaço sorrindo em uma cadeira brincando de cartas, dois faatboys americanos chamando atenção na bancada do bar, enfim, parecia que haviam solto dementes de um manicômio. Mas, e dai? Contando que não mexam comigo e com a minha garota, tudo ficaria bem.

Arrumei uma mesa para dois e puxei a cadeira para Ananke, convidando-a para se sentar. Depois, dei a volta e removi o meu sobretudo, colocando nas costas da cadeira. Antes de me sentar, Ananke pôde perceber um certo volume frontal em minha calça social, algo bem maior do que o comum, mas não chegava a ser vulgar, era apenas a minha natureza. Finalmente me sentei e afrouxei a gravata, removendo uma abotoadura de minha camisa social. Nessa hora, meu peito largo e malhado podia ser notado quase estourando os botões da camisa, assim como alguns pelos não excessivamente grandes do meu peito. Não fazia questão de esconder nada, quanto mais natural e verdadeiro, melhor.

— Hey, bro! Give me a drink!

— Traga-me dois El Diablo.

— Ananke, apesar de sermos americanos, acho que vais gostar desse drink, ele é quente e forte, provocador. Gosto de bebidas latinas assim, que me seduzem.

— E hoje é um dia para esquecermos o passado, certo?

Terminei, olhando-a diretamente nos olhos, mas não de uma forma rude, e sim com um olhar de desejo, como se eu tivesse a absoluta certeza do que eu queria e ela também. Então, deixei um sorriso transbordar, mostrando pela primeira vez os meus lábios largos e dentes perfeitos, enquadrados perfeitamente em meu rosto quadrado e barbado. Se desejasse, ela podia sentir que esse era um momento para quem sabe um beijo, todavia, dependeria de um sinal dela para eu avançar sobre a sua boca e beijá-la ali mesmo.

Talvez, em tempo de evitar o toque das bocas, o garçom chegasse com o drink. Eu olharia para Ananke com meu copo em mãos, elevaria para o alto e tomaria em uma única golada, terminando com um "Ahh".

— Aos segredos!

Hazel sentia-se aliviada por Rem e, ao mesmo tempo, orgulhosa pela sua conhecida-quase-melhor-amiga estar se recuperando bem do choque emocional. Rem parecia ser uma boa garota, e Hazel sentia-se quase que no dever de protegê-la, pois afinal de contas, era uma caçadora rank D!

[Hazel] - Haha espertinha! Na verdade, eu sou apenas uma caçadora rank D, então não vou em dungeons tão altas, mas não me subestime! O segredo para a fama e o dinheiro é saber conversar com as pessoas certas!

[Hazel] - Você será a minha dupla e eu vou te proteger, o que acha?! Hihi

Animada, Hazel tentava arrastar Rem para a vida de ação e adrenalina que era ser uma caçadora. Ela já até fazia planos em sua cabeça, refletindo sobre os contatos que iria ter para encaixar Rem em uma dungeon o mais rápido que conseguia.

[Hazel] - Bem, sobre os estragos na Maid Café, eu não sei o que dizer sobre os custos de reparo serem cobertos pela associação, mas não se preocupe, tudo vai dar certo. Você precisa de um bom banho e de roupas decentes para andar por aí primeiro. Hehe

Dizia Hazel, concordando com Rem sobre irem até a pensão.

[Hazel] - Enquanto você se arruma, eu preparo um bom café, então te explico mais sobre o que faço antes de sairmos para testar suas habilidades, tudo bem?

Terminava Hazel já erguendo a mão e chamando um táxi.

[Hazel] - Vamos?

Minutos depois, Rem e Hazel chegam na pensão, sem cerimônias. Tudo parecia normal por ali. Hazel imediatamente tomou a frente e foi até a cozinha, iniciando o preparo de um café. Rem podia sentir o cheiro de longe. Enquanto Rem tinha um tempinho para se arrumar, Hazel ia colocando as xícaras na mesa preparando tudo.

Seria um momento de calma e paz no meio desse dia louco. Era a chance de Rem saber um pouco mais sobre Hazel, se desejasse, e o motivo dela estar na Coreia trabalhando como caçadora.

X observava o trio de longe de forma discreta, não se aproximando para não prejudicar a avaliação deles. De repente, quando o trio pareceu não se lembrar por um instante de que X estava lá atrás, talvez devido ao momento de tensão, X emitiu um riso contido, se segurando para não gargalhar mais alto.

[X] - Tomem um pouco de cuidado, essa não será uma dungeon qualquer.

Aconselhou X, sem dizer nada mais.

Chevalier parecia a mais focada dos três. A Healer não parecia querer estar ali, e o mago, bem, ele tinha suas limitações, mas quem poderia julgá-lo por não ser uma boa linha de frente? Chevalier havia percebido algo, mas não sabia o que era, muito embora seus instintos gritassem dentro dela. Logo, os três finalmente focaram suas atenções, ao que parece, a partir de agora a ação de verdade iria começar.

[Mago B] - Tem algo na água! Consigo sentir!

Disparou o Mago! A Healer ficava ouvindo os dois falar, mas parecia mais perdida do que cego em tiroteio.

[Healer D] - Não estou vendo nem ouvindo nada!

De repente, uma mão esquelética saia da fumaça e tentava se apoiar na ponte, buscando um impulso para subir, ele vinha crescendo aos poucos e seu antebraço cadavérico já era aperceptível.

[Mago B] - Droga o que é isso!? Está vindo!

Gritou o mago trêmulo, então se lembrou do que Chevalier havia dito e começou a preparar uma magia de vendo, concentrando sua mana, no entanto, ele ficava absolutamente imóvel enquanto conjurava sua magia e isso poderia ser um problema.

[Healer D] - AHH QUE MERDA É ESSA?!!! AHH!

Gritou a Healer vendo assustada aquela mão esquelética querendo subir pela esquerda da ponte. Chevalier não tinha a capacidade perceptiva do Mago, mas compensava em ter o melhor reflexo dos três. Por isso, era a única que podia agir neste momento enquanto a Healer foi pega de surpresa e o mago estava invocando uma magia de área.

O que ela faria?

[Mago Rank B] - Tem outro deste lado!

Gritou o mago desesperado, olhando para a direita da ponte enquanto ainda conjurava.. faltava pouco para a sua magia sair!

TLAK TLAK
TLAK TLAK

Desta vez todos podiam ouvir o que parecia ser o som de ossos se movendo, e parecia estar vindo logo da abertura que levava para a próxima sala bem adiante.