Sven Lokison

A máfia nunca deixou de existir. Tão antigos quanto as próprias nações, existem grupos de poder paralelo em todo território onde há também um estado. Até mesmos nos mais desenvolvidos países do século XXI, encontram-se presentes, influenciando diretamente nos rumos de sua nação. A Dinamarca não é diferente neste quesito. Dona de um dos maiores IDHs do globo, ela teve seu presente forjado graças a interferência de um grupo desse tipo. Sendo uma monarquia constitucional, os Reis precisaram de apoio não-oficial para manipular o parlamento. O que difere a Dinamarca dos demais países, é justamente a índole do seu líder. O povo dinamarquês sempre veio antes de qualquer outro e isto fez a nação próspera.

Desde os mais antigos tempos, um clã esteve ao lado do Rei executando os trabalhos sujos que deveriam ser feitos em prol do país. Sven nasceu justamente neste clã.

Último filho do líder dos Ironborns, Sven foi criado para ser um guerreiro moderno, o submundo propiciou ao garoto um comportamento frio e calculista desde o berço. Assim como o tempo passou, as tradições nórdicas foram adaptadas aos tempos atuais, ainda existia o orgulho em ser um bom guerreiro, mas eles já sabiam que as batalhas travavam-se de forma diferente dos tempos antigos. Outrora fosse bom você ser grande e forte, hoje podia ser apreciado um guerreiro que também era bom fora de combate. Ao jovem Ironborn, havia sido ensinado desde sempre aquilo que podia completá-lo como um combatente moderno. A primeira coisa que aprendeu, foi a jurisprudência. Sabendo como funcionava o sistema, você estaria um passo a frente, podendo achar falhas e detalhes que certamente oferecia vantagens. Depois, o jovem tornou-se versado na arte da falsificação, com técnicas passadas há mais de sete gerações, teve os melhores professores que seu país poderia oferecer. Uma habilidade que não aprendeu propositalmente, foi a atuação. Convivendo com os diversos tipos de pessoas que apenas os negócios da máfia poderiam propiciar, Sven aprendeu a adequar seu comportamento e emoções conforme a situação pedia. A malandragem era inevitável, crescer onde cresceu, era quase como uma habilidade passiva.

Como fora dito, o Clã ainda mantinha partida das famosas tradições Vikings. Depois do fenômeno do despertar correr e mudar o mundo, foi necessário criar divisões novas dentro dos Ironborns. Os despertados eram considerados abençoados por Odin, para lutar na terra. E como uma indicação de que aquela família era descendente do Deus maior, todos os membros de sangue haviam despertado.

Alrik Odinson, o líder do clã. Um rank S, não oficial, líder do submundo dinamarquês. Um verdadeiro monstro, orgulhoso de toda sua prole que, assim como ele, havia despertado como descendente de Odin. Entretanto, nem todos eram poderosos como Alrik, os dois irmãos e a irmã mais velha de Sven eram, pelo menos, rank B. O jovem havia sido diferente, um mero rank E. Quando aconteceu, Alrik disse que já sabia, afinal, a criança havia nascido bem menor que seus irmãos. Rejeitado, restou a Sven fazer o trabalho menos glorioso, perante aquilo que era crença no reino escandinavo.

A vida de Sven mudou no dia de Thor, um dia festivo nos países escandinavos. Desde os primórdios, os guerreiros vikings saíam nesse dia para caçar o maior animal que pudessem encontrar no frio nórdico. Como é possível imaginar, a tradição explodiu com os guerreiros despertados. Cada vez mais criaturas incríveis eram derrotadas e oferecidas a Thor. Sven foi mandado por seu pai, a uma dungeon que correspondesse ao seu nível, sozinho, para poder honrar seu nome. Qualquer um podia ter certeza de que aquilo era surreal. Não podia-se pensar em outra coisa, que não fosse em um desejo de Alrik para que seu filho morresse.

Antes que pudesse ser jogado no portal, Sven escapou das garras de seu pai, sumindo no inverno dinamarquês, vestindo as roupas tradicionais de festa. Com rancor por seu pai, Sven viajou até a Coréia do Sul, utilizando-se de contatos do submundo. Lá, ele começaria a sua trajetória, atrás da vingança contra seu pai.