[Ficha] Takamoto Lisandro

Quem o olha pela primeira vez tem a impressão que se trata apenas de mais um pai afetuoso e protetor, suas feições de despreocupação e simpatia não o delata como ex-militar. Graças ao seu treinamento no exército adquiriu um corpo bem treinado e músculos definidos, sua pele possui um tom claro diferente de seus cabelos negros e olhos verde musgo. Não se preocupa com sua aparência, trajando camisetas simples de tons claros e sempre utiliza seus óculos circulares de otaku e deixando seu cabelo bagunçado. Procura parecer mais uma pessoa comum no meio de outras, deixando ser apagado pela multidão.

Um pai apesar de tudo, deixou de pensar nele mesmo no momento que sentiu a obrigação de cuidar de sua filha. Deixou seu tom sério e antipático ao sair do exército, mas ainda possui esse lado dentro de seu coração já que este lado sempre foi nutrido por seu pai que também era um militar e o treinou desde garoto para ser valente e forte com uma convicção de aço. Sempre gostou de coisas de otaku como animes e mangas e este foi um dos motivos de ter encontrado sua mulher, mesmo não sendo um marido presente, nunca deixou de expressar seu amor adquirindo uma filha. Ainda se culpa pela morte de sua esposa, por não está presente em seus últimos momentos, após o ocorrido largou seu trabalho para virar um dono de casa e cuidar de sua filha, mas ainda está aprendendo a ser pai e estabelecer um laço com sua pequena Inoue. Após despertar, percebeu uma maneira de manter uma renda boa suficiente para passar bastante tempo ao lado de sua filha e ter dinheiro suficiente para pagar o futuro da mesma.

Minha história é genuinamente simples, nada a se dizer, sou um homem completamente transparente, mas não posso falar o mesmo das operações a qual servir. Fui criado por um militar para ser um militar, disciplina e respeito além de um treinamento rigoroso fazia parte do meu cotidiano. Não sofri abusos, meu pai apenas não sabia outra forma de amar, meu único refúgio de todo este mundo hierárquico era os animes, mangas e minha mãe, eles me faziam sentir vivo e alegre. Nos mangas, os personagens e suas histórias assim como seus laços eram tão significantes para mim que suas vidas fictícias serviram de exemplo para minhas convicções. Talvez eu tenha me tornado apenas mais um otaku, mas este lado se tornou minha força, continuei prosperando e aos meus dezoito ingressei na minha vida militar. Tudo era sério e entediante, já tinha aprendido tudo com meu pai e o treino de Krav Maga ajudou bastante com desentendimentos durante a época de recruta.

Continuei minha carreira e cheguei a cursar um treinamento intenso de ranger onde aprendi o básico da sobrevivência e me especializei a sobreviver na selva, floresta gerindo com cuidado todos os recursos e aprimorei meus instintos. Já fazia tempo que os portais haviam surgido por todo o mundo, pensei que fosse ser um dos escolhidos assim como um personagem de shonen, no entanto, não era meu destino e continuei na vida militar. Tudo mudou quando conheci uma mulher, estava comprando alguns figures de personagens que gosto quando me deparei com uma baixinha de cabelos curtos e encaracolados tentando alcançar um manga, dizem que o amor à primeira vista não existe e eu digo que estão errados. Me apaixonei por uma coreana baixinha e tagarela que ama falar do que gosta e trabalha como designer gráfica em uma multinacional.

Não demorou muito para o amor florescer, depois do casamento não se passou muito tempo para Orihime engravidar, não tive tanto tempo para ficar ao seu lado, os níveis dos portais estavam subindo e isto preocupava o governo. Enquanto minha querida Orihime estava em trabalho de parto, fui mandado a trabalho em uma dungeon breaker, o grupo de caçadores não tinham força o suficiente para fechar o portal e sua ambição de não ceder a dungeon causou a morte de civis e companheiros de combate. A luta não foi vencida até a aparição de um caçador rank S, em meio a todo o embate, senti o quão ameaçador era uma guerra e o quão calmo eu estava naquele momento. A dungeon foi fechada após grandes perdas e uma destruição de média proporção na cidade, foi após a batalha que recebi a ligação que minha mulher havia morrido durante o parto, porém minha filha havia sobrevivido. Nunca tive uma explosão tão grande de emoções quanto nesse momento, toda a tensão da batalha não se assemelhava em nada ao que eu estava sentido.

Foi quando senti aquela pequena pessoinha nos meus braços pude esquecer toda a amargura que sentia de mim mesmo e chorando prometi que iria a proteger e cuidar dela para sempre e que nunca a largaria dos meus braços. Me mudei para a Coreia do Sul, fui recebido pelos pais de Orihime, deixei para trás minha carreira e vida antiga, iria me dedicar a este último presente dado a mim por Orihime. Enfim passou-se três anos, havia me tornado um despertado, mas não tinha tanto entusiasmo quando era jovem, era perigoso, mas estava sem emprego e a remuneração realmente era boa. Sou um curandeiro de rank C, não é lá grande coisa. Fiz uma pesquisa e aprendi de certa forma as linguagem das dungeons, não sabia se era devido a minha classe de suporte, todavia, vou dá meu melhor para você crescer e ser uma ótima pessoa Inoue. – Cuidadosamente peguei o cobertor e cobri o corpo de Inoue, ela pediu para saber mais sobre mim e ainda sim acabou caindo no sono.. Acabei por falar demais.. Passei a mãos em seus cabelos castanhos encaracolados suavemente. – Ela parece demais com você Orihime.. – Aproximando minha face da pequenina, dei um pequeno beijo em sua testa. – Boa noite pequenina.