[Ficha] Euntae Lee

Eun Tae é um homem muito bem-formado, com músculos tonificados e um corpo forte. Ele tem tatuagens em algumas partes do peito e nos braços, para encobrir as marcas vulgares de tatuagens esculpidos nele enquanto estava no ensino médio. Eun Tae tem uma pele clara. Ele tem um rosto esbelto e cabelos pretos. Ele separa sua franja no centro. Eun Tae tem olhos escuros e amendoados e sobrancelhas finas. Ele tem pêlos faciais acima dos lábios e um tufo fino de pêlos faciais no queixo. Normalmente veste sua "Tank top" branca, uma calça esportiva e por cima disso um macacão cinza que lembra bastante o de um mecânico, este ele normalmente deixa fora da parte de cima do seu torço, ficando caído sobre a cintura como seu estilo pessoal.

Eun Tae Lee é um homem caridoso e de coração puro (O que já lhe rendeu algumas má situações e diversos mal entendidos) que busca acabar com esta cultura baseada em aparência que se estruturou por toda a Coreia. Aos olhos do lutador, toda e qualquer pessoa deve ser julgada pelo seus atos e dizeres, não por sua aparência. Tem pavio curto quanto às injustiças, mas a não ser que seja algo desumano, consegue se conter boa parte das vezes, mas não sempre. É dedicado quando tem um objetivo traçado e fiel aqueles por quem tem apreço, principalmente amigos e familiares. Apesar da aparência de brutamontes e seu físico escultural, tem um intelecto um tanto quanto avantajado se comparado a uma pessoa comum. É ótimo em seguir ordens e devido a sua criação, aprendeu a respeitar os mais velhos e hierarquias no geral, desde que sejam justas.

Eun Tae Lee é um "Late Bloomer", modo como é conhecido quem chega mais tarde a puberdade ou uma nova fase de sua vida. Em seu caso, foi o despertar. Em sua infância, dividia seu tempo entre a escola e os treinos com seu avô, que era mestre de Krav Maga. Uma arte mortal que prioriza a neutralização do alvo o mais breve possível. Apesar de fatal, seu avô e também seu pai, também praticante, sempre lhe disseram que aquilo era para autodefesa e apenas isto. Não deveria usar isto para machucar os outros, a não ser que tivessem tentado lhe machucar antes. O problema com Lee é que ele, desde pequeno, sempre levou as coisas muito ao pé da letra por uma falta de malícia inata que lhe ateve. Isto realmente se mostrou uma complicação quando seu amigo de mais longe data, Bum Jae Park, começou a sofrer bullying de alguns valentões na escola. Sem nenhum motivo aparente a não ser o fato de seu amigo ter orelhas enormes, o que lhe rendia apelidos como Dumbo e Orelhão.

Enquanto era apenas verbal, Tae Lee se continha muitas vezes a pedido do próprio Jae Park, que não queria que o amigo quebrasse seu código marcial para lutar por algo que não fosse autodefesa. Relutante, Tae Ler aceitava tal condições, em partes por seu amigo e em partes por manter sua honra como um membro do Ginásio Marcial Lee. Anos se passaram e aí que o real problema começou. Já aos 18 anos e no ensino médio, um fenômeno conhecido como Despertar ocorreu na Coreia do Sul e, para infelicidade dos dois amigos, o líder do grupo de valentões fora afortunado com um despertar e, apesar de anos depois descobrirem que seu Rank era apenas E, ainda era mais do que suficiente para fazer um estrago a um humano normal. Certo dia, enquanto esperava no portão da escola por Jae Park e percebendo que o mesmo estava demorando mais que o normal, foi atrás do amigo para saber o que estava acontecendo e, o que viu atrás da quadra da escola era uma cena que não esqueceria tão cedo. O grupo de valentões estavam abusando de um grupo de pessoas que, aos olhos da sociedade, seriam considerados estranhos, feios ou anormais. Park estava incluso neste grupo, além de mais dois garotos sendo um deles muito magro e portando um aparelho dentário bem esquisito e o outro simplesmente tinha uma deformação em seu rosto que parecia ser devido a queimaduras.

Eles estavam, com algum eufemismo incluso, "Marcando" os três com alguns dizeres bem impertinentes como Aberração, Estranho, Viadinho e outras coisas mais. O problema maior era como estavam fazendo isso, com uma caneta de plástico que apertavam com força e repetidamente contra a pele dos garotos enquanto eram segurados pelos outros membros do grupo de valentões, "tatuando" a pele deles e deixando uma marca que não seria facilmente esquecida. O sangue do lutador fervilhou e num disparo quase sobre humano ele rompeu os dois que seguravam Jae Park, quebrando o braço esquerdo de um deles no processo com uma técnica especializada. O líder dos valentões, Valentino(Apelido pelo qual era conhecido) ficava estupefato por alguns instantes até perceber o que estava acontecendo e logo reagir. Infelizmente para Tae Lee, por mais que tivesse experiência em combate e treinamento, a diferença de força entre ele, um ser humano normal e um caçador, mesmo que de rank E, era demais para sobrepujar. Com uma rasteira simples e um soco direto no peito o lutador cuspia sangue e depois disso simplesmente apagava. Acordava horas depois em um beco onde Park e um dos outros dois que estavam sofrendo bullying se escondiam da chuva sobre um parapeito.

Seu corpo ardia e um gosto ferroso preenchia sua boca, além de não conseguir enxergar direito devido ao inchaço em seus olhos. Sua primeira reação era gritar de dor pois, mesmo sem saber até o momento, o mesmo ocorria com ele e tinha seu corpo marcado com os dizeres "Mama Glande" em seu peito e "Covarde" em seu pescoço. A "tatuagem" tanto sua como dos outros que ali estavam ainda sangravam e entre lágrimas e soluços os outros membros daquela cabana improvisada soltavam um tímido sorriso ao perceber que Lee havia acordado, principalmente Park. O ocorrido mudou drasticamente a vida do lutador, não só pela violência que havia sofrido mas também por entender o que seu mestre e Park muitas vezes havia repetido sobre não ferir alguém se não por autodefesa. Com um simples avanço ele incapacitou um dos valentões e provavelmente quebrou seu braço e por mais que no momento sentisse um misto de ódio por eles e alívio por seus amigos, em algum lugar de sua mente percebia o poder que tinha em mãos. Mas isto também o fez perceber para que usaria tal conhecimento quando, por trás da escuridão daquele beco um estrangeiro de cabelo loiro e sorriso simpático aparecia para ajudar o grupo.

Algumas semanas depois do ocorrido, um boato sondou a escola de que o grupo de valentões havia sido punido sendo mandado a um reformatório, menos o líder, que como havia despertado foi mandado para um local especialmente preparado para caçadores na recém criada Associação Coreana de Caçadores. Posteriormente Tae Lee descobriu que tal ato havia tido uma mãozinha do tal estrangeiro que lhe socorreu naquele beco, visto que ele era alguém de importância dentro da Associação. A partir dali havia traçado seu objetivo de vida, que era fazer o mesmo que aquele homem e usar seus "poderes" e conhecimentos para proteger aqueles que não podiam fazê-lo por si só. Resolveu adotar um estilo diferente de combate, mas que era bem conivente com o Krav Maga, algo que chamou de "Combate Reacionário" onde apenas contra-atacava o oponente, nunca tomando a iniciativa. Para isto, treinou seu corpo para reagir o mais rápido possível ao menor sinal de avanço do oponente, aprimorando seu "Instinto". Continuou aprimorando seu estilo pessoal, aprendendo a fazer uma Leitura Corporal elaborada do oponente para ajudar a se defender a contra-atacar, além de começar a visitar outras academias e ginásios marciais para desenvolver uma Análise de Estilos onde pudesse se prevenir para a maior parte dos combates que fosse adentrar. Durante uma dessas análises, já com seus 25 anos, sentiu uma forte energia emanar de seu corpo, quase como uma aura e, mesmo que sem querer, acabou socando seu oponente do outro lado do dojô.

Havia despertado como um lutador, algo que encaixou como uma luva no jovem. Sentiu uma alegria imensa em saber que agora possuía uma forma ainda melhor de proteger aqueles mais desafortunados, além de poder progredir ainda mais em seus treinos, uma vez que agora poderia treinar com outros caçadores também. Com a parte física mais do que bem preparada, pesquisou o que mais precisaria para adentrar sua tão sonhada ingressão na ACC. Acabou recorrendo a seu melhor amigo, Park, que estudava direito e lhe ajudou a entender melhor as leis, afinal, se queria exercer o bem, não podia agir por fora dela. Com seu conhecimento em jurisprudência após alguns anos estudando junto de seu amigos, aos 27 era hora de finalmente realizar seu sonho e assim seguiu rumo a ACC, para medir seu Rank, que até então não havia medido e também para ingressar na organização.