Solo Leveling RPG: Os grandes caçadores surgem aqui!
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[EVENTO] - Um Conto de Natal

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1[EVENTO] - Um Conto de Natal Empty [EVENTO] - Um Conto de Natal 24/12/2019, 12:11

Reme

Reme
Rank B



Um Conto de Natal




Então chegou o natal e, junto com ele, além do espírito natalino e reunião familiar com parentes agradáveis ou não, também vem o Evento de Natal do Solo Leveling RPG!

Para participar é simples, basta seguir os seguintes passos:

• Responda este tópico contando como o seu personagem passou o dia e noite de natal dele, neste post você terá total liberdade de cenário, controle de NPC's e adversidades, resumindo: God Mode liberado.

• Atenha-se às regras do fórum, então todo e qualquer tipo de injúria racial, sexual ou de qualquer outra natureza está proibida e passiva de punição. Conteúdo sexual explícito também estará vetado durante esse post.

• O jogador poderá participar desde que tenha uma ficha aprovada (Independente de estar em aventura ou não) e responda este tópico desde hoje, 24/12/2019 até o dia 28/12/2019 as 23:59.

• O post deverá ser coeso e fazer sentido dentro do universo da obra. Portais concluídos dentro desta história não serão contabilizados para a ficha e post considerados feitos de qualquer jeito serão desqualificados do evento.

• A recompensa por participação será uma escolha entre Brinco, Anel ou Bracelete com um bônus de 20 pontos no atributo à escolha e um efeito muito especial de Natal no item escolhido!

• As recompensas poderão ser recolhidas a partir do dia 29/12/2019 até 15/01/2020, quando o tópico estiver fechado pedindo com o link de comprovação de participação do evento a atualização em sua ficha.


Itens:


Então não perca tempo e nos conte já como foi a noite natalina de seu personagem e ajude a espalhar o espírito natalino no universo do SLRPG!



Última edição por DEV.Reme em 27/12/2019, 19:24, editado 1 vez(es)

Midnight

Midnight
Game Master



O vento sibilava entre as árvores daquele local, a grama jovem e recém cortada dava para aquele ambiente o tom que merecia: paz. O sol não castigava a todos que permaneciam nas ruas, pelo contrário, seu calor era confortante, já que a temperatura do dia era mais baixa. Aquela atmosfera transmitia todo o sentimento que um local como aquele carregava, afinal, era um cemitério.

Entre as diversas lápides guardando as reminiscências dos que haviam partido em outra viagem, descansavam três abaixo de uma árvore um pouco mais velha, de porte médio, que se encontrava no meio do campo, ironicamente nascendo ali em meio àquela falta de outros companheiros de sua espécie. Pouco a frente das lápides, haviam dois pés, protegidos por um sapato social de marca, usado por ninguém menos que um dos magos de rank S da Coreia: Noah A. Hyun.

Nas lápides, era possível ler os seguintes nomes: “ Su Jin A. Hyun , Adam A. Hyun; Hauster Hyung” . O jovem, álias, não era mais um jovem, mas sim um adulto agora, com mais de seus 40 anos, com uma aparência bem diferente de quando tinha seus 20 anos. Não tinha mais o cabelo grisalho, agora possuía um corte mais baixo moreno, um porte físico bem maior do que quando era jovem, com certeza sua aparência era de alguém que transmitia um certo respeito e um quê de imponência. O homem olhava as lápides em silêncio, e na sua cabeça pensava sobre tudo que ocorrera.

Era quando seu pensamento fora cortado por braços que envolviam seu corpo, braços finos, de uma dama, atrás dele estava uma moça de cabelos pretos também, com um corpo de belas curvas, trajando uma roupa social que terminava com uma sapatilha de marca, mas carregava na sua mão um anel de ouro no dedo do casamento. – Já faz um ano, não é?  O ex-grisalho passava sua mão sobre a dela e segurava-a gentilmente. – Sim, já faz um ano Hyung.

- Me pergunto o que teria acontecido se a gente tivesse terminado com toda a máfia naquele dia. Será que meu velho não teria vivido mais alguns anos, além disso, seu pai..  Noah apertava mais forte a mão dela, como se dispersasse uma raiva, e em resposta ela abraçava mais forte seu marido como se estivesse o protegendo de algo. – Não fui sua culpa, já falamos sobre isso, ninguém podia prever que havia herdeiros perdidos do príncipe.

O casal então se retirava dali, indo em direção de uma rua que ligava o local à saída do cemitério, lá haviam cerca de seis homens, todos de roupa social e óculos escuros, que olhavam para o mago, claramente eles eram capangas dele, assim, com o chegar do casal perto do carro, primeiro abriam a porta para a dama e em sequência para o homem. Antes de fechar a porta, um deles se abaixava um pouco e falava com Hyun. – Chefe, para onde agora? – Para minha casa. Respondia imediatamente.

Depois de terem chegado no local, passavam um bom tempo juntos, conversando ou apenas tentando se animar de alguma forma, afinal o natal não era uma boa época para o casal desde o recente ataque a máfia Gun Dar por conta de brigas internas, custara a vida de muitas pessoas e entre essas os pais dos sucessores da família. Noah pegava uma taça de bebida e aproximava-se da árvore de natal, puxava seu smartphone e olhava as mensagens, felicitações de seus subordinados e de amigos da guilda Hunter na época em que participara, olhando tudo isso sentia um certo orgulho do quanto mudara, havia conseguido escapar dos traumas vindo da antiga máfia, de toda a máscara que carregava com as pessoas que tinha algum carinho, tudo aquilo pesava muito, e dessa vez sentia-se mais leve, muito mais leve.

Já devia estar perto da meia noite, quando sua mulher se aproximava e ficava junto do marido, e nesse meio tempo uma mensagem chegava no celular dele. Os sinos batiam e declaravam o chegar do tempo do natal, era então o nascimento da criança prometida.

O ex-militar abria a mensagem e quando lia lágrimas caiam de seus olhos, assim como acontecia com a mulher ao ler aquilo, reconfortava-se no homem, abraçando-o o mais forte possível.

O conteúdo eram alguns períodos, mas que significavam literalmente mais um nascimento.

“Noah e Hyung, aos dois, desejo-lhes a maior felicidade. Saibam que nunca falharam com o desejo de Su Jin, a chama de vocês guiou muitas pessoas para fora da escuridão, e mesmo que a noite chegue, ainda haverá um traço fino de luz de onde vocês tirarão suas forças, afinal, não há escuridão sem haver luz.

  Com amor, Adam A. Hyun.”

Era natal, tempo de renovação.




Tidus

Tidus
Designer


Homecoming

E em um piscar de olhos mais um ano chegou ao fim, o clima natalino dominava as ruas e ar estava tomado por todo aquele bla bla bla que as pessoas esquecem o ano inteiro e só se lembravam no fim de ano. - “Francamente, o que eu estou fazendo aqui mesmo?” - Soltei um suspiro em meio ao aeroporto de Osaka, já fazia tanto tempo que não via meus pais e tive a brilhante ideia de visitá-los nessa data tão festiva, isso me fazia hipócrita? Bem, provavelmente sim, mas isso fazia parte de ser humano. Estar de volta ao Japão após tantos anos era estranhamente nostálgico, foi daquele mesmo aeroporto que parti para Seoul anos atrás e agora voltava a ele não como estudante do exterior mas sim como um caçador de uma das maiores guildas da coreia do sul.

Sem perder mais tempo pedi um um táxi para me levar até Kyoto, nessas horas sentia falta de ter minha própria habilitação. Como de costume as ruas das cidades por onde passamos eram sempre bem iluminadas e enfeitadas, pessoas caminhavam de um lado para o outro com um ar mais leve do que o de costume. - Você pode parar aqui. - Comentei com o motorista, sinalizando para que parasse uma quadra antes do meu destino. - Muito obrigado e um feliz natal. - Agradeci de forma cortês entregando o valor da corrida e descendo do automóvel.

Parado do outro lado da rua de onde a casa dos meus pais ficava eu permaneci por alguns minutos apenas observando, pensativo e inseguro, o que eu deveria dizer? “Oi eu vim passar o natal com vocês após todos esse anos”, “Eu lembrei que tenho casa e decidi passar aqui.”, “Estava passando pela vizinhança e decidi fazer uma visita.” por mais que pensasse no que dizer nenhuma ideia brilhante me vinha em mente - o que era incomum para aquele que era responsável pelas estratégias dentro de um portal. Pensar não parecia estar me levando a lugar nenhum e eu já tinha vindo longe demais para desistir agora. - “Aarrg dane-se.” - Respirei fundo e atravessei a rua sentindo como se meu coração fosse sair pela boca a qualquer momento!

E lá estava eu, cara a cara com aquela porta enorme e intimidadora! - na verdade era uma porta comum de madeira - engoli a seco e ainda trêmulo apertei a campainha. Os segundos seguintes pareciam horas e meus batimentos cardíacos ficavam cada vez mais altos até que por fim a porta se abriu! Do outro lado estava ela, minha mãe. - Tidus! - Disse me abraçando com toda força que possuía em seus braços. - Ar… Ar… ! - De olhos esbugalhados quase não conseguia respirar! - Ora não faça teatrinho, você não é um desses caçadores? Algo assim não devia ser nada para você. - Comentou de forma sarcástica e me soltando. - Eu sou um mago não um desses brutamontes. - Respondi em meio a um sorriso.

Tudo estava da mesma forma como me recordava - ao menos boa parte - a mobília, o cheiro, os enfeites natalinos… - Olha quem lembrou que tem família. - Era a voz do meu pai que surgiu com um avental e talheres. - Eu senti saudades da sua comida queimada. - Me aproximei dando-lhe um forte abraço. - Ei isso só aconteceu uma vez. - Retrucou. - Ao ano. - Ri de forma discreta. Morar sozinho na coreia era um pouco solitário às vezes e barulhento em outros, mas não havia lugar como o lar.

A mesa para a ceia de natal era sempre bem colorida e diversificada, mesmo que não nos reuníssemos com todos os familiares ainda era um encontro agradável. - E então, como está a vida na coreia? Já encontrou o que procurava? - Comentou meu pai sentando-se a mesa. - A vida lá é... Estranha. - Disse fazendo uma pequena pausa. - Estranha? - Minha mãe adentrou a conversa. - Sim, digo acho que me expressei mal, talvez eu devesse dizer diferente. Demorei um tempo para me adaptar mas hoje sou oficialmente um caçador de uma guilda famosa, tenho um rank que me permite explorar portais interessantes e manter um padrão de vida confortável. - Peguei um dos pratos enquanto colocava algumas coisas sobre o mesmo. - Mas é uma vida cheia de altos e baixos, exploramos regiões que nem em meus sonhos mais loucos poderia imaginar que existissem, monstros que vão além da compreensão e magias que desafiam o senso comum. É uma atmosfera totalmente diferente. - Complementava. - Eu não sei muito sobre essas coisas, meu conhecimento se limita ao que a mídia divulga, mas parece realmente perigoso. - Comentou de forma tranquila. - De fato, convivemos lado a lado com a morte com frequência, mas tenho companheiros confiáveis apesar de tudo. - Esbocei um leve sorriso no rosto. - Fico feliz em saber disso.

Papo vai e papo veio, me fizeram um verdadeiro interrogatório sobre minha vida como caçador, mas o que eu podia dizer? Era um mal de família. - Aqui no Japão o trabalho de caçador também vem tomando forma, eles não parecem se dividir em guildas como na Coreia, parece que preferem atuar como uma única guilda. - Comentou minha mãe. - Hee, parece interessante. - Respondi. - Quem sabe um dia você não possa trabalhar mais perto de casa. - Complementou. - Acho que não seria ruim, mas da próxima vez que eu voltar serei um caçador famoso e me cachê vai ser alto. - Comentei de forma sarcástica em meio a gargalhadas. Um momento de paz e tranquilidade que não sentia a algum tempo, era bom estar em casa.

ADM.Nagashi

ADM.Nagashi
Admin



[EVENTO] - Um Conto de Natal Tumblr_inline_p21g544zwA1ukvi8k_500


The true magic of Christmas!
Evento de natal!

| Localização: Seul - Interior | Horário: 18:35 - 22:20| Clima: Frio/neve |

E chegou mais um Natal, época festiva e de comemoração dos afetos para uns, mas de isolamento e maior solidão para outros. Mais ou menos festivos, os dias de Natal são quase sempre dias repletos de emoções mais intensas. Mesmo para as pessoas que expressam o seu desinteresse por esta época, é difícil ignorarem estes dias. O Natal é um tempo de emoções. E todos nós, enquanto pessoas, temos essa capacidade maravilhosa de poder sentir uma quantidade imensa de emoções, sejam elas mais inatas e primárias ou mais elaboradas e socialmente determinadas. Do medo à surpresa, da tristeza à alegria, da raiva à compaixão, do desprezo à generosidade, podemos experienciar e sentir de formas que nenhum outro ser vivo do nosso planeta consegue. Então o que seria a magia do natal?

Se me lembro bem, meu ultimo natal ao lado dos meus pais ocorreu em minha decima quarta primavera, embora não cultivemos a fé pelas datas festivas ou seu teor religioso, comumente realizávamos a famigerada ceia natalina, esta quase sempre composta por meu pai, minha mãe, eu e meu querido irmão de quatro patas, Spyke, o então caçula da família. Embora acreditemos que era tão somente um dia comum, era inegável a felicidade que enchia aquela casa. O sorriso ficava mais empolgante, o abraço ficava mais aconchegante e a felicidade se fazia presente de em sua forma mais genuína. Até mesmo cedíamos ao clichê da arvore enfeitada e ao outro de abrir presentes em frente a chaminé. Acontece que após partir para Seul e me manter distante, o que já não possuía significado se tornou algo quase inexistente.

Hoje, em plena véspera de natal, após cinco longos anos longe de casa me peguei em um devaneio de pensamentos sobre esta data especifica, sobre seu valor e principalmente sua falta, falta esta que só não queimava mais que o Whisky que me acompanhava.  – Irei voltar! – Estava decidido. Tratei de sacar meu celular enquanto levava a garrafa até a prateleira, guardando-a enquanto digitava o número de meu hospital. – Reyna, sou eu, Sieg, irei me ausentar por dois dias, cubra minha parte. Acho que irei comemorar o natal! – Era possível perceber o espanto de minha funcionara pela revelação, afinal, em tantos anos esta data sempre se passou batida. Tratei de me despir ainda na sala e andejar até o banheiro, banhando-me e ao termino trajando-me de minhas antigas roupas habituais, as quais usei em minha despedida do vilarejo. Desci e me encaminhei ao supermercado, comprando seu melhor vinho, um panetone e um quilo de bacalhau; era o preferido do meu velho. Usufruindo da praticidade de um motorista de aplicativo para me dirigir até a casa de meus pais, no interior, mesmo que o preço fosse elevado graças a tamanha distância.

Durante todo o percurso a dúvida pairava em minha cabeça, como estará tudo? Afinal eu nunca cedi uma ligação sequer para relatar minha saúde ou simplesmente conversar. Eu sou uma droga de filho, não nego, mas meu sucesso como caçador e como pessoa sempre foi o esperado por meus pais, talvez isto amenizasse a dor da falta. O que estou pensando, quais pais não sentem a falta de seu filho? Droga, a quem quero enganar. Eu não poderia mudar o passado uma vez feito, mas poderia redigir meu futuro, talvez estreitar os laços seria um bom pontapé inicial. A longa viagem passava-se precocemente graças ao meu afundar em pensamento, mal pude perceber ou prestigiar a beleza do caminho, mas assim era melhor, meu foco aqui seria outro. As árvores estão maiores, tem neve para todo lado e olha, a praça que eu costumava brincar foi reformada. Quantas lembranças boas! Ela está ali, minha casa, simples e linda como sempre, as luzes estão ligadas, por sorte os peguei em casa.

“Toc! toc!” Era chegado o momento! Porque meu coração está acelerando? Porque as borboletas no meu estomago estão tão ferozes? Droga. – Olá, como posso ajudá-lo? – Eu mudei tanto assim para ele não me reconhecer? Talvez nem isto me dei ao luxo de perceber, que tolo. – Pai, sou eu, Sieg – Não pude conter a voz tremula e emocionada, um sentimento intenso transbordava de mim, não desprezando as lagrimas que me escapavam. Meu pai levava sua mão ao bolso retirando seus óculos de forma apressada, como se não acreditasse no que estava presenciando. – Filho!? Como você cresceu, entre, que surpresa magnifica – Desabei em seus braços como comumente fazia em minha infância, deixando escorrer todo o peso que carreguei nesses cinco longos anos longe de casa!

Minha mãe vinha em seguida tão feliz e emocionada quanto papai, que mulher linda! A cada toque, cheiro e caricia de ambos me vinha a sensação de revigoramento como também me traziam de volta a minha melhor forma, está perdida a tanto tempo. Eu estava em meu lar, a magia do natal mais uma vez se fazia presente. Que momento belo, que momento incrível! É Natal!







Última edição por Nagashi em 26/12/2019, 07:36, editado 1 vez(es)

Graeme

Graeme
Rank B

Loneliness
Um Conto de Natal



A cidade estava coberta por neve, os flocos de gelo estavam a cair na maior parte do dia em toda aquela semana e aquilo gerava um clima frio, típico do natal, que estava prestes a chegar em Seul, quase todas pessoas estavam animadas ignorando toda aquela friagem, afinal estava muito bem equipados com roupas pesadas e quentes, que resolveriam aquele problema. Era uma época ótima e o espírito natalino invadia casas, prédios, condomínios, contagiando grande parte de seus integrantes, deixando ao ar uma ótima energia.

Infelizmente, nem tudo eram rosas pra todos. Ronan costumava adorar tudo aquilo e sempre passava um tempo junto à família, a qual sempre se reunia toda para fazer uma grande ceia, sendo isso outro motivo pelo qual sentia falta, afinal a comida era deliciosa e era uma noite ainda mais farta para as pessoas que compartilhavam de seu sangue e sobrenome.

Era possível ver o rapaz na janela de seu apartamento, observando as pessoas passando felizes pelas ruas em meio a tanta neve e aquilo lhe ajudava um pouco a aquecer seu coração que se sentia frio naquele momento, sua vontade de ver seus pais entrava fortemente em seus pensamentos, mas havia fugido há tão pouco e mesmo que fosse bem vindo em casa, perderia as chances de conseguir viver aquilo que sempre sonhou, sendo forçado a viver aquilo que sempre odiou.

Conforme o tempo passava, o céu escurecia e agora Ronan percebia que era hora de sair de sua janela, afinal as pessoas já se encontravam na casa de suas famílias e não havia mais nada o que ver ali a não ser os flocos caindo sem parar, o que acabava por deixa-lo ainda mais chateado, a neve caindo lentamente e deixando a temperatura ainda mais baixa fazia o coitado se sentir gelado, sozinho e triste.

Levantou-se rapidamente, foi à cozinha e pegou algo para comer e beber, quando percebeu que não se tratava do lugar onde estava, ou se via a neve cair ou não, percebia que teria que manter sua mente ocupada caso não quisesse passar a noite deprimido, o que claramente o motivava a fazer algo que não fazia com frequência, caminhar às 20:00 da noite e ainda por cima sob cristais de gelo que caíam cada vez mais intensamente, podendo se tornar numa falta de sorte do garoto, até mesmo em uma nevasca.

Colocava uma roupa mais quente, tomava uma xícara de café e após uma profunda respiração, descia pra fora, onde se dirigiria até a rua e observando um pouco o local, decidia seguir para a esquerda, dando passos rápido com o intuito de chegar em um lugar mais movimentado, menos sombrio e solitário, passando assim por inúmeras casas pelas quais era possível enxergar famílias ceando unidas, animadas e sorridentes. Bem, ele continuava um pouco cabisbaixo, mas achara uma forma melhor de lidar com tudo aquilo, se sentir feliz pela felicidade dos outros seria algo bem mais lucrativo que ficar ainda mais chateado toda vez que visse familiares comemorando.

Quando chegava em uma praça, conseguiria presenciar ainda mais humanidade, vendo um grande movimento, onde algumas pessoas estavam junto de suas famílias, alguns junto de seus amigos e outros sozinhos, sendo eles alguns em chamadas pelo celular e outros sem fazer contato com ninguém, seja pessoal ou virtualmente, assim como ele mesmo.

-É, parece que não sou o único sem ninguém pra comemorar o natal... -diria o rapaz seguindo com um longo suspiro e então abrindo um pequeno sorriso. -Talvez isso seja mais comum do que eu imagino, certo?! -completaria conversando consigo mesmo.

O rapaz de cabelo roxo então observava tudo por ali, se sentindo cada vez mais confortável e vendo que era possível passar aquela data bem, mesmo que fosse longe de sua família. Agora se sentia um pouco mais tranquilo e em cada observação que fazia era possível enxergar em seus olhos um brilho intenso, tinha se libertado do sentimento de mais cedo e conseguia ir até um bar que encontrava aberto por ali apesar da data, onde várias pessoas conversavam, bebiam coletivamente ou solitárias, assistiam a programação da TV, davam gargalhadas e choravam, seja lá qual for o motivo, emoção ou tristeza, o importante é que por ali uma energia incrível era transmitida, independente de quem fosse que chegasse ali, o verdadeiro espírito natalino.

Após boas horas, a véspera se tornava agora o dia e então era natal, tudo aquilo ficava bem mais animado e era possível ver um grande sorriso no rosto de Ronan, aquilo não parecia apenas mais uma data que se repetia a todos anos, aquilo parecia algo novo, uma forma diferente de enxergar as coisas e era exatamente o que o rapaz precisava, agora nada seria igual e sem dúvidas seria necessário ver tudo de uma forma contrária ao que via antigamente.

Ficava fácil descobrir a felicidade exposta no rosto do garoto, ele estava totalmente mudado de quando havia saído de casa e esperava se manter dessa forma pra tudo que o lembrasse de seu passado não satisfatório, quando decidia sair dali e após inspirar e expirar profundamente, seguir até sua morada, observando tudo que houvera observado mais cedo, mas dessa vez, enxergando de uma forma mais positiva, até que pisasse no estabelecimento onde vivia, subia pra seu apartamento e olhava pra fora, podendo ver seu próprio reflexo agora cheio de espírito natalino, quando se lembrava de algo e seguiria até a sala, onde pegaria seu celular. Apesar de tudo, os Cyord's ainda eram sua família e Ronan então se colocava a digitar uma mensagem simples, que provavelmente significaria muito pra seus pais e pra ele.

"Oi pai, oi mãe.
Primeiramente queria me desculpar pelo que fiz, sei que não foi certo fugir do nada, mas eu precisava ser independente, não gostava mais de seguir uma carreira pela qual não tinha interesse e além do mais, aqui estou descobrindo coisas incríveis sobre mim mesmo, antes de embarcar senti algo que não sei nem como explicar, então posso dizer que estou indo bem.
Sinto saudades e foi difícil passar esse natal sem vocês por perto, por isso quis enviar esse email. Amo vocês, tenham um ótimo natal!
(Pai, apesar de não me interessar muito pelos negócios da família, espero que esteja tudo indo bem.)

Cyord, Ronan."


Ele não parecia incomodado com aquilo e talvez ficasse até mais aliviado com aquela ação, enviando assim o mais rápido possível e agora deixando o aparelho sobre uma estante, se dirigiria para seu quarto, onde encararia a cama por alguns segundos e ao dar um sorriso bobo, a arrumaria, se deitando e se preparando para dormir, quando olharia pro teto e se sentiria mais uma vez solitário, mas agora, tranquilo, afinal sabia lidar melhor com aquilo e poderia usar isso para até mesmo ver as coisas mais positivas.

ADM.Kekzy

ADM.Kekzy
Admin


Luca Chin-Hae
 


[EVENTO] - Um Conto de Natal M8ocZKXDia 25 de dezembro. Já passada a véspera de natal. Tarde da noite. Hoje é propriamente o dia - um dia que sempre temia.

[EVENTO] - Um Conto de Natal M8ocZKXCelular em mãos, meus dedos tremiam. Tentava apertar a conhecida sequência de teclas que apertava todos os anos. A neve se acumulava sobre o meu casaco e sobre o meu cabelo - já alvo - enquanto minha respiração pesada fazia-me baforar uma leve e morna fumaça. Estava sentado em um banco, daqueles velhos assentos de madeira, no Parque de Yeouido, a pisar nas folhas de sakura que desabrocharam naquele ano. "Coragem" - pensava, fitando o brilho da tela.

[EVENTO] - Um Conto de Natal M8ocZKXQuase todo ano era a mesma coisa - quase. Nos últimos três anos havia tentado fazer tais ligações; nos dois primeiros, sem resposta; no terceiro, irritado, deixei de lado. Esse ano tive notícias do meu pai pela televisão. Era parece estar seno bem sucedido em sua empreitada de negócios. Não sei bem que sentimento era aquele, mas a visão de seu rosto me trouxera lembranças, as quais saudosamente não pude resistir. "É só uma ligação. Uma ligação" - digitava o restante do número, deixando-o ali em minha tela. "Devo?" - algo me dizia que sim; algo me dizia que não.

[EVENTO] - Um Conto de Natal M8ocZKXA verdade é que me sentia solitário. Sentia falta do tom acalentador de uma voz paterna. Sentia a ausência de minha mãe. Sentia tantas coisas que mal sabia definir o que era cada uma. "Ligar" - fechei os olhos, com o corpo sentado e inclinado, com o celular entre as mãos juntas, como se fizesse uma prece. "Atenda... atenda..." - sem que me desse conta, torcia para que para que o meu pai atendesse a ligação, pondo demasiadas expectativas naquilo.

[EVENTO] - Um Conto de Natal M8ocZKXO celular tocou... e tocou. Não, ele não havia trocado o número. Ele sequer me atendia. Deixei os meus braços tensos esmaecerem, repousado-os sobre minhas pernas. O chão parecia-me um tanto turvo. Meus dentes tremiam e podia sentir uma ardência se alastrar sob minha face. Trouxe uma de minhas mãos para sustentar a minha cabeça, enquanto continuava a observar o chão. Não era apenas os meus dentes, mas também os meus dedos que tremulavam. "Desisto" - falei para mim mesmo. "Desisto!" - sentia algo quente escorrer pelas minhas bochechas — DESISTO! - contraía as minhas mãos, fazendo o meu aparelho celular eclodir, em um ruído pesaroso de metal contorcido e vidro rachado.


[EVENTO] - Um Conto de Natal M8ocZKXJoguei os restos metálicos no chão, enfiando a minha cabeça entre as mãos. Podia ter despertado, mas a vida continuava a mesma: ruídos abafados para que ninguém pudesse escutar. E ali, sob a meia luz criada pelos postes, passei mais uma noite de natal.

[EVENTO] - Um Conto de Natal MsoEp4L




Blindão

Blindão
Rank E




WARRIOR

Rank-C


“A honra não se ganha; só se perde.”
O Bracelete de Natal




Cidade Seul
Evento de Natal


O tempo estava com um ar um tanto gelado, mas não que me incomodasse de qualquer forma, poderia até se dizer que era prazeroso. Havia saído recentemente de minha residencia e peregrinava pela cidade, que por sinal, estava em véspera e natal. Luzes piscando em diversas cores; enfeites de papai-noel para todo os lados; famílias por toda parte; o comércio estava bastante movimentado. Mesmo estando em outro país, o tema, alegria e a tradição ainda permaneciam a mesma coisa.

Já faziam alguns natais que não possuía a preciosa presença de minha família. No entanto, isso não me abalava mais. Desde que havia me tornado um caçador, meus objetivos se tornaram o gatilho e o proposito do meu renascimento como um Hunter, fazendo assim, me dedicar totalmente ao meu ideal; criar uma Guilda que possa ser chamada de lar para mim e para aqueles que viessem a fazer parte dela. Enquanto muitos cobiçam fama, dinheiro e títulos, almejo apenas usar todo meu poder para ajudar as pessoas a não sofrerem como eu sofri em meu passado.

Apesar de muitos acharem que possa ser altruísmo de minha parte, muitas das vezes a raiva toma conta, o rancor floresce e a sede por vingança eclode. Perdido em meus pensamentos, continuava a caminhar pela avenida enquanto admirava as decorações por toda parte, além dos fogos de artifícios que de tempo em tempo iluminavam o céu nortuno.

Estava me dirigindo até a associação, visando ajudar em algum grupo que estivesse disposto a fechar algum portal. Entretanto, uma voz ecou pela rua em total desespero. - SHAW CUIDADO COM O CAMINHÃO! Foi numa fração de segundos que meus olhos avistaram um jovem indo buscar sua bola que havia ido para faixa de veículos e ao ir buscar ela, um caminhão estava vindo com certa velocidade.

Havia me movido instintivamente para salvar a criança de uma terrível morte. Apesar de conseguir interceptar o caminhão, meu corpo se tornou um obstaculo e no fim, destruindo no impacto quase todo frente do grande automóvel. ~ Você está bem, meu jovem? Diria enquanto retiraria parte do lado do meu corpo que havia penetrado para dentro do caminhão. - Meu Deus! Quem é você? O garoto perguntava demonstrando um olhar atônico e ao mesmo tempo um medo visível em seu rosto. ~ Tem que tomar cuidado ao brincar próximo da faixa de carros. Sou Masimos, prazer em lhe conhecer, mesmo nessas circunstâncias. Havia proferido ao esticar a mão e ajudar o garoto a se colocar de pé, nesse exato momento sua mãe espantada corria para abraçar enquanto chorava talvez por medo ou felicidade.

Admito que uma dor percorreu o lado esquerdo do meu corpo, talvez pelo choque, mas não que pudesse me brutalmente. - Ei estão todos bem? O motorista dizia ao tentar sair do caminhão e caminhava até o sujeito para ajudá-lo. ~ Senhor, peço desculpas pelo estrago, gostaria de ficar com meu número de contato para me ligar assim que avaliar os danos e o orçamento, afinal, sou responsável pelo ato bruto. Não perderia minha educação, mesmo que a criança estivesse errada ou motorista pela falta de atenção, não havia necessidade de dificultar ainda mais a situação. - Não, não, não. Eu tenho seguro, não se preocupe. Graças a Deus o garoto está bem, mas como você conseguiu parar o caminho? Você é algum tipo de mutante? O homem então olhava para o estrago e se apavorava devido o semblante marcado no metal ser exatamente uma marca de corpo. ~ Zahahahaha. Bom, talvez possa se dizer isso. Diria ao expressar um sorriso carismático. Era estranho o homem não conhecer um caçador, mas talvez estivesse tão abalado por quase matar uma criança, que nem havia pensando que eu era um caçador.

A mãe do garoto se aproximava e começava a se curvar agradecendo e implorando desculpas. Havia dito que não havia necessidade de desculpas ou agradecimentos, mas ela havia insistido tanto e implorado tanto, que no fim havia parado em sua residencia para passar o natal, me pergunto como que no fim acabei aqui exatamente.

Estava pensativo sobre os incontáveis pedidos de desculpas e agradecimentos que a mulher havia pedido. Tanto que no fim era queria me agradecer de qualquer forma, no fim, não consegui negar sua hospitalidade e fui arrastado ate sua residencia. - Uauuu, você é grande né tio e bem forte? É um caçador ne? Eu sei, meu pai era um também. Seu olhar inicial parecia alegre, mas logo mudava ao falar sobre seu pai. ~ Oh que interessante meu jovem. Ele por acaso está trabalhando em alguma Dungeon? Perguntava enquanto passava a mão em meu bigode, buscando um assunto que fizesse o garoto esquecer do acontecimento de outrora. - Não. Ele morreu faz alguns meses. Mas ele morreu como um herói tá, isso é verdade! Ele enfatizava ao falar mais alto e expressando um pouco de raiva. ~ Entendo. Eu jamais duvidaria de sua palavra.~ Apesar de meu sorriso amigável, a verdade era que por dentro emanava uma tristeza profunda, afinal, sabia bem como era estar na pele dele, apesar de que ele ainda possuía sua mãe no final das contas.

Havia jantado e me divertido ao ouvir as histórias que o garoto contava de seu pai, junto de sua mãe, sobre os feitos dele e sua reputação. Após a meia noite, o garoto havia ganhado seu presente e admito que estava um tanto embaraçado por não lhe presentear com nada. A mãe do garoto parecia ter percebido e cochichava no ouvido do seu filho. Ele esbanjava um sorriso e corria até a estante que estava na sala junto de uma foto e uma caixa e em seguida ele voltava e esticava os braços. - Tio, não vou esquecer o que fez por mim. Pode ficar, esse item foi de meu pai. Ele ganhou em um desses portais. Apanhava a pequena caixa e abria. Dentro havia um bracelete colorido. - Meu pai disse que encontrou ela dentro de um portal que possuía um duende especial. Disse que foi bem difícil derrotar o duende, mas que o item valeu a pena. A pulseira parecia era um tipo de item que se dropava dentro das Dungeons e pelo visto parecia ser um rank bem valioso.

~ Tem certeza meu jovem? Isso não é uma lembrança importante do seu pai? Proferia ao olhar para o jovem que em resposta negava com a cabeça e respondia. - As lembranças eu carrego nas minhas memorias. E então eu voltava a falar com a mãe dele. ~ Tudo bem mesmo madame? Parece ser um item caro e valioso. Ela olhava com um sorriso e se curvava novamente. - A única coisa que me é valiosa foi salva hoje. Coçava minha barba e em seguida soltaria um suspiro junto de um sorriso. ~ Está bem, aceito de bom grado e agradeço sua hospitalidade e como forma de agradecimento, irei honrar a memória de seu pai fazendo bom uso desse item. Tocava na cabeça do garoto enquanto apreciaria um pouco mais aquele momento caloroso, afinal, é por esses momentos que devo continuar trilhando meu caminho, pois, sem caçadores fazendo seu serviço, boas pessoas como essas podem vir a serem vitimas e terem seu futuro roubado por monstros.

Havia ido embora e portava o item de forma honrosa, talvez fosse o destino, ou acaso, não importa. Aquele momento havia acendido uma chama ainda mais forte dentro de minha alma, havia abastecido meu desejo em destruir esses portais que aparecem apenas para criar caos. A balança da natureza sempre equilibra as coisas, enquanto houver portais, haverá caçadores para destruí-los.






Item de Natal:




CRÉDITOS Roevs

Visastre

Visastre

Um festival natalino!



Era uma manhã amena na cidade de Sokcho, com o clima em torno dos 18°C, o suficiente para quem fosse friento colocar uma blusa fina e quem fosse calorento se vestir como bem entendesse. Entrando no último caso, Lee trajava seu habitual traje consistindo de um macacão cinza que deixava aberto e solto até a cintura, com uma regata branca por baixo. Olhava um relógio na parede da estação de metrô da cidade com certa empolgação, enquanto saboreava um sanduíche. O motivo de estar ali era para esperar um "conhecido" que vinha visitar a cidade nesta época do ano para conhecer as festividades natalinas, um estrangeiro que havia nascido no ocidente e agora fazia morada por aqui. Sokcho, mais especificamente o Parque Nacional Seoraksan, era nacionalmente conhecido pela festival natalino que se formava ali, atraindo uma boa quantidade de pessoas para o local.

Diing Doong

O sinal sonoro anunciava a chegada do trem vindo de Seul e, ao ouvi-lo, Lee rapidamente limpava a boca e barba com a própria mão e se levantava do banco em que estava, para levantar uma plaquinha com os dizeres "Luca Chin-Hae", o tal estrangeiro que ele havia ido buscar. "Não é como se eu tivesse algo melhor pra fazer além de mostrar a cidade pra ele como a ACC me pediu mesmo…" Passava pela cabeça do lutador este pensamento enquanto mantinha a placa na altura do torso com um sorriso caloroso no rosto. O motivo para ele ter se disposto a esse "favor" e não algum funcionário real da ACC era porque boa parte deles já estavam ocupados atendendo outros caçadores que também vinham a cidade e, sendo apenas um Rank D, acabou sendo encarregado de receber o "gringo", como foi dito pelo associado que lhe contatou.

Na outra parte da história, Luca não tinha muita dificuldade em perceber aquele brutamontes tatuado com uma placa escrita numa ortografia péssima que demorou alguns segundos para entender que era seu próprio nome que estava escrito ali. O jovem estava com fones de ouvido, mascando um chiclete e com uma cara de notável desinteresse de estar ali. "Sério? Um festival natalino no quinto dos infernos com um maluco que mal sabe escrever e parece ser a personificação dos bullys de revista em quadrinhos?... O que pode dar errado, né?" Soltando um suspiro enquanto inclinava levemente para baixo, se aproximava então de Lee o jovem atirador. Limpando as mãos nas próprias roupas, o tatuado extendia uma das mãos como cumprimento a Luca.

E aí! Sou Euntae Lee e vou ser seu guia por hoje. Vou chamar um táxi pra gente, segura as pontas ae.

Luca fazia menção de alertar o lutador sobre um pequeno pedaço de alface preso em seus dentes, mas no fim apenas suspirava novamente e seguia Lee. Não valia o esforço. O tatuado por sua vez gesticulava vigorosamente para um taxi que de dentro do carro parecia gritar "EU JÁ ENTENDI CACETE, ESPERA!" enquanto apontava para o celular. Um ponto sobre Lee é que ele sempre tenta ajudar aqueles que carecem e, talvez por isso, acabou se tornando alguém bem impulsivo, pois se pensar demais antes de salvar alguém, acabará não fazendo nada. Tal traço de sua persona se mostrava presente novamente quando ele se aproximava do taxi do outro lado da rua e socava o capô, fazendo instantaneamente com que ficasse amassado e fumaça saísse.

Tsssssss

Ao som de que algo não parecia certo, principalmente pela fumaça que subia, Lee arregalava os olhos e retirava a mão lentamente, colocando agora ambas as mãos na lateral do corpo enquanto reclinava seu corpo em um pedido de desculpas. -Desculpa por isso senhor, é que estou de guia para este jovem e você não parecia estar me ouvindo, acabei me exaltando. A expressão do motorista gritava basicamente duas coisas: Medo e aflição. Para um humano normal, fazer todo aquele estrago com um soco era um feito bem impensável, o que significava que aquele cosplay de gangster a sua frente provavelmente era um despertado e, com muito esforço por parte do calvo homem na casa dos 40, ele balançava a mão como resposta, como um "ok".

Shhhew

Luca apenas olhava da plataforma na qual se encontrava a confusão de desenrolar e, novamente, suspirava, mas dessa vez completando com um "facepalm". Parecia que suspiros seria boa parte das suas ações no dia se acompanhasse aquele homem. -Ele ta bem, então tudo certo né? Bora no próximo, acho que esse aqui não vai funcionar mais… Apesar de soar como gozação, Lee era alguém inocente e realmente quis dizer aquilo, mas sem um pingo de malícia. Após essa apresentação um tanto quanto longa, os dois então adentravam um táxi e seguiam até o parque. O motorista que havia visto a cena anterior se desenrolar bem em frente a ele nem se quer cobrava a corrida e saia cantando pneu do local. -Ohhh, você é famoso ou algo assim maninho? É a primeira vez que não me cobram pela corrida, principalmente vindo da estação.

Tuk

Uma veia saltava tão brutalmente na testa de Luca que se tivesse alguém com sentido elevado perto deles certamente teria ouvido aquilo. "Não, sua besta, é porque você destruiu o carro do outro taxista num soco…" era a única coisa que pensava o atirador, mas antes mesmo que pudesse tentar responder algo, Lee prosseguia com sua fala.

-Bem vindo ao Festival Natalino de Sokcho!

Erguia os braços com um sorriso genuíno no rosto, tão aberto que mal daria pra ver seus olhos em meio a ele. Atrás do brutamontes, porém, algo realmente incrível preencheria os olhos do estrangeiro. Quando ouviu da associação que ela participaria de um festival natalino e estava convidando todos os caçadores que não passariam o natal com suas famílias para se juntar, não imaginou que fosse algo tão grandioso. Brinquedos enormes com luzes brilhantes, barracas com um incontável número de opções de comidas e bebidas espalhadas formando corredores por onde os visitantes passavam, decorações natalinas que provavelmente reviveria algumas memórias perdidas na mente do rapaz dessa festividade no ocidente. Percebendo os olhos brilhantes do estrangeiro e um pequeno sorriso que se formava em seu rosto, dando um contraste bem diferente a expressão do jovem até aqui, Lee se aproximava novamente, agora colocando um dos braços sobre o ombro do atirador e o trazendo pra próximo de si.

-Haha! Sabia que o espírito natalino chegaria até nessa sua cara rabugenta!

Luca não dava muito atenção a fala do companheiro enquanto notava tudo ao seu redor, apenas mantendo o passo para que o lutador não precisasse ficar puxando seu corpo. Em meio em multiplos eventos ocorrendo ao seu redor, um em específico atraía a atenção do estrangeiro. Um grupo de pessoas no mínimo… digamos… "Estranhas" se aglomeravam próximos a uma jovem de pele morena e feição sedutora. Ela não parecia dar atenção em especial a nenhum deles, pelo contrário, apenas apontava e dava algumas ordens, os tratando como súditos. A cena mais parecia com a de um faraó moderno, até mesmo as frutas que eram dadas com muito cuidado na boca da moça.

-...E foi assim que eu descobri que a garota que eu namorei por três anos na verdade era um garoto. Huh?

Ao perceber que seu companheiro não estava mais ao seu lado, Lee rapidamente olhava em todas as direções procurando por ele, apenas para encontrá-lo alguns metros atrás dele observando aquela cena se desenrolar não muito distante. -Ah, é o pessoal da Fiends… Não liga muito pra eles, todo ano fazem isso. É algum tipo de ritual otaku esquisito que fazem todo ano de eleger a rainha deles. Percebendo que havia conseguido o interesse de Luca, prosseguia, limpando a garganta. -Ahem. Mas… normalmente quem é a rainha deles é a "Bruxa", a vice líder da guilda deles. Me pergunto se finalmente derrotaram ele e a morena ali assumiu o cargo de "Corno". concluía sua fala o lutador, ponderando com uma das mãos sobre o queixo. Luca por sua vez, estupefato com o termo dito pelo companheiro, rapidamente saia de seu transe.

-Corno?
[Color=Red]-Ah, sim… Esqueci que você não é daqui. Durante o festival, várias competições tomam parte em diferentes locais e, quem vence elas, são chamados de "Corno". É um título bem nobre, apesar do nome.
-Ahn… E aquela jovem ali é uma dessas pessoas?
[Color=Red]-Me parece que sim. Ela deve ser gringa também, nunca a tinha visto por aqui antes. Mas se tá com a Fiends, ela provavelmente venceu a prova de resistência, eles sempre se aglomeram por lá já que a vice líder deles era a Corna por três anos seguidos.

Ouvindo a conversa dos dois, uma jovem também de cor de pele morena se aproximava, interrompendo o breve diálogo. "Com licença, algum de vocês dois teriam interesse em se juntar ao nosso roleplay de natal? Estamos saudando a nova deusa, Nito Darby que venceu a maléfica bruxa e ascendeu ao trono." Lee era inocente e provavelmente teria aceito sem pensar duas vezes caso estivesse sozinho, mas como estava servindo de guia para Luca, aguardava pela resposta do jovem. Percebendo o breve silêncio que ficou, a moça voltava a falar. "Você aí, brutamontes, daria um ótimo carregador real. E você… O nerd recluso… hmm… Talvez um bom apoio de pernas pra deusa?" Ao ouvir aquilo, Luca cerrava os olhos na direção da garota e disparava sua fala na direção de Lee. "Vamos, tenho certeza que você tem mais coisas 'fascinantes' pra me mostrar…" O lutador por sua vez recolhia os ombros em derrota. Queria participar do evento, mas não era alguém de descumprir sua palavra, então apenas se arrastava lentamente atrás do atirador. Ao ver os dois saindo, a moça apenas dava de ombro, enquanto antes que sumissem de sua vista em meio a multidão gritava de longe. "Meu nome é Yang! Yang My! Me procurem mais tarde se trocarem de ideia!" E se juntava novamente ao grupo de otakus em sua brincadeira de roleplay.

-Quem diria, huh? Mal entramos e já encontramos outros dois estrangeiros… Ou devo dizer duas? Se bem que com minhas experiências passadas, nada é certo meu caro. Nada é certo…

Com um olhar melancólico a frente, colocava uma das mãos sobre o ombro do atirador. Que soltava um pequeno riso e retirava a mão do tatuado dali. Talvez devido a insistência ou seu astral extremamente positivo, Lee ia aos poucos quebrando as barreiras do jovem recluso Luca. Os dois andavam mais um pouco enquanto o lutador contava histórias e explicava algumas coisas e o atirador apenas concordava com a cabeça não dando muita atenção.

Boom!

Uma explosão de fogo logo ao lado da dupla esquentava brevemente o corpo de ambos. Após o susto inicial e um salto ligeiro do lutador para proteger o atirador, os dois se acalmaram e percebia que era apenas um mago trabalhando em uma barraquinha de comida. "Puta merda Wolfsong! Eu falei pra ESQUENTAR a comida, não incendiar a barraca, cacete!" O mago se reclinava em um pedido de desculpas para o homem. Este homem, por sinal, conseguia atrair a atenção de todos no local. Uns pelo fato de estar emanando uma energia incrivelmente alta que até mesmo Luca conseguia sentir, outros por reconhecer quem ele era.

-Ah… É o pessoal da White Tiger. Eles sempre montam barracas por aqui, mas todo ano é essa confusão. O monstrengo ali é o líder, eu não ficaria muito perto dele se fosse você…

Todos os dois sentiam quase simultaneamente um arrepio percorrer a espinha ao olhar pro homem. Sem precisar dizer mais nada, apenas acenavam com a cabeça e se retiravam. Em um canto entre duas barracas, um jovem de cabelos brancos com tons de prata dormia, claramente se escondendo de algum afazer que deveria estar fazendo no momento e, por trás dele, um outro jovem de cabelos azuis escuros e óculos redondo no rosto desenhava algumas pi***** na face do dorminhoco enquanto soltava um riso esquisito. Lee ficava claramente tentado a ir ajudar o amigo, conhecido já pelo lutador e que adorava compartilhar de suas brincadeiras, mas percebia o desinteresse de Luca e apenas soltava um "Deixa pra outro dia" enquanto chacoalhava a mão para o amigo arteiro, Ryan Harper. Este, por sua vez, pendia a cabeça para o lado em sinal de dúvida.

"Acho que essa é a primeira vez que o Lee não quer sacanear com o Sieg, será que aconteceu alguma coisa?"

Dava de ombros e continuava com sua "obra de arte". A dupla, Lee e Luca, prosseguiam então explorando o festival. Até que Lee parava em frente a um brinquedo que lembrava bastante um termômetro gigante, mas que era usado para medir a força. -Woooo! Percebendo a empolgação do companheiro, o atirador fazia um sinal de mão para que prosseguisse e o seguia logo em seguida.

Diiiing

Um sino anunciava que alguém havia conseguido atingir o ponto máximo do brinquedo. Um homem com seus 20 e poucos anos e um pomposo bigode acariciava sua formosidade enquanto ria de um jeito engraçado. "Hyahuajya! Parece que serei o Corno do Teste de Força desse ano de novo!" Uma expressão de derrota se formava na face de Lee. Ele conhecia bem aquele homem, seu maior rival na competição de força, Masimos T. Godheim. Era praticamente impossível para ele competir com um outro despertado um rank acima do seu, então sabia bem que não seria dessa vez que ele se tornaria um dos Cornos. Contudo, enquanto recolhia seus ombros e se virava para seguir em frente, um pequeno toque parava o corpo do brutamontes.

"Aonde pensa que vai? Você veio aqui pra ganhar esse tal título de Corno ou seja lá como chama, não é? Então iremos ganhar esse título."

Era Luca o projetor da frase. Os olhos do lutador brilhavam de empolgação ao ouvir a frase do parceiro. "Lembro de ter lido algo sobre ele ser rank E… Será que é um ranker falso e na verdade ele é um Rank A? Oh, céus… um Rank S?!" A empolgação vinha de tal pensamento. Os outros ali presente também criavam expectativas quanto ao novo participante, tirando Masimos que apenas olhava com tom de questionamento ao rapaz. Luca pegava a marreta, fazia todas as veias de seus braços saltarem e…

Baang!

Um silêncio se instalava no local por uns segundos. O primeiro a quebra-lo era Lee. -Meu Deus, isso não é possível… Ele é… Ele é muito… Masimos gritava interrompendo o lutador. "Fraco! GYAHAHHA Até mesmo o outro ali que nem despertado é, conseguiu chegar mais alto que você!" Uma enxurrada de gargalhadas de todos os presentes começava após a fala de Masimos. Lee apertava as mãos tão forte que começava a cair algumas gotas de sangue, rangendo os dentes e cerrando o olhar, ele ia pisando fundo na direção de Masimos, até que…

Ugh!

Um gemido vinha de seu alvo. O homem que até agora estava rindo de seu parceiro em questão de segundos estava gemendo no chão com uma cara de pavor. "Já chega desse espetáculo… Vamos, circulando todo mundo." A dona da frase era alguém conhecida pelo tatuado, principalmente por fazer parte da guild dela. -Lider?! O que tá fazendo aqui?! Não é comum a um líder de guilda conhecer todos os seus membros, principalmente de uma das cinco maiores guildas, como era o caso da Knight. Logo, a ruiva apenas lançava um olhar desconfiado para o lutador e se retirava.

-Ah.. haha! Acho que ela não me viu… bom, fazer o que, o festival só tá começando, depois falo com ela!

Luca, que estava com uma expressão bem fria e difícil de ler momentos antes, apenas conseguia rir perante a idiotisse de Lee. "Esse cara… Sério…" Pensava antes de voltar a segui-lo. Caminhavam por algum tempo, com Lee ocasionalmente pegando algo das barraquinhas de comida para comer e forçando o companheiro a acompanhá-lo, mesmo que não quisesse.

Paft!

Um barulho de estralo atraía a atenção da dupla. Quando viravam-se para ver o que é, uma moça loira tinha acabado de estabefar a face de seu provável companheiro, um jovem de cabelos preto tão longo que chegava a tocar seu calcanhar. O motivo pelo qual o rapaz recebia este tapa passava no meio de Lee e Luca alguns instantes depois, exalando um perfume que só não era mais sedutor do que a aparência da mulher. Quase simultaneamente, a dupla engolia uma saliva seca quando ela cruzava o caminho. "Com licença, rapazes." Com a mandíbula quase tocando o chão, os dois abriam passagem.

Tudum Tudum

Lee sentia seu coração quase saltar fora por alguns instantes, até que um toque no ombro lhe fazia voltar a realidade. -Porra, Noah…. Não me assusta assim. Era seu conhecido, um mago de vento com passado obscuro, Noah. Ele se aproximava dos dois e cochichava: "Hana Takeda… Melhor não olhar muito, vai acabar se perdendo onde não devia e receber um presentinho no rosto igual o cabeludo ali do lado." Os três riam brevemente e o lutador apresentava um ao outro, que se cumprimentavam sem muita cerimônia. Apesar da brincadeira, Noah era alguém que lembrava bastante Luca na opinião de Lee. Ambos eram calados e não demonstravam muito o que sentiam.

-Bom, agora que estamos todos aqui e já escureceu a algum tempo, talvez a gente-

Thud

Uma bola de futebol acertava a cabeça de Lee, interrompendo sua fala. "Foi mal ae tio, era pra ido mais alto…" Antes mesmo que o tatuado pudesse responder qualquer coisa, o garoto de cabelo branco e camisa de futebol do Brasil saia gritando "Olé, Samba! Olé, Samba!" Atrás da bola e Lee se contentava em apenas sorrir perante a cena. Até mesmo os dois Iceman próximo dele acabavam arqueando o canto da boca num sorriso que escapou de sua feição fria.

Fiiiiiiiii BOOM! Tararararak Boom Boom!

Os três já se encontravam no gramado, apreciando a queima de fogos que ocorria exatamente as 00:00. Enfim era natal. Lee, como sempre, erguia ambos os braços para abraçar os dois que o acompanhava e, embora resistissem na maioria das vezes, desta vez ambos aceitavam e retribuiam o abraço, enquanto sorriam.

-Feliz natal amigos! E que possamos voltar ano que vem!

Tirando um champagne sabe se lá de onde, Lee estourava, derramando boa parte dele em cima do trio. Tanto Luca quanto Noah não queriam tomar o champagne por não saber de onde ele tinha vindo, o que ocasionou em Lee ficando bêbado sozinho e acordando no dia seguinte de cueca em meio a estação de metrô. "Mal posso esperar pelo do ano que vem!" era a unica coisa que passava pela cabeça do lutador além de uma dor insuportável nela devido a ressaca.

ripper

ripper


Então é natal!

A noção de tempo havia fugido de minhas mãos desde que eu chegara a Coreia, eu só tinha um celular merda que mal dava pra acompanhar as últimas notícias. Passando pelas ruas principais da metrópole, as luzes vermelhas e brancas, ornamentando as mais diversas propagandas e lojas em clima natalino me trouxeram para o presente.

“Hoje é o tal Natal...”

No meu pequeno celular apontava oito e meia da noite. Haviam sido épocas difíceis, é verdade. Eu nunca havia visto de perto aquela festa cristã. Eu sei que era um motivo para dar presentes para quem você não gosta e também para encher a barriga de comida. Sempre imaginei como um festival de Odin, que acontece, pelo menos, oito vezes ao ano, depende da vontade do Rei. Lembrei-me do Javali que Hildur fazia nos festivais. Da música, da bebida, dos irmãos dançando. Era uma das poucas vezes que conviver com eles era leve, até que alguém empurrasse com demasiada força e a briga começasse, era tradição.

Remexendo em meus bolsos, eu encontrei alguns trocados perdidos.

“Acho que vou comemorar que ainda estou vivo, vou comer algo gostoso...”


Em direção a parte pobre da cidade, aonde eu havia me estabelecido, pude ver a deterioração das construções conforme eu me afastava do centro. Mas para a minha surpresa, mesmo aquelas estruturas que era quase como escombros estavam decoradas com tremendo carinho e criatividade. Era claro ali que a falta de dinheiro era substituído pela criatividade.

Mais a frente, o que me chamou a atenção foi categórico. Moradores de rua amontados embaixo de uma marquise de madeira enfeitada com pisca-piscas e figuras velhas do santo do Natal, improvisavam uma espécie de mesa em cima de papelões extramente resistentes, desafiando as leis da física, eles apoiavam diversos mantimentos em cima dos papelões, tudo muito simplório. Comidas enlatadas, bebidas suspeitas em garrafas de plástico reaproveitadas, mas, mesmo assim, as gargalhadas e feições de alegria eram constantes.

Para essas pessoas, a felicidade era algo muito mais incomum. Por tanto, em ocasiões especiais como o Natal, parecia aquecer e confortar o coração delas, eu gostei daquela comemoração cristã.

Foi aí que tive a ideia.

Voltei correndo para o centro da cidade, e entrei no mercado mais chique que pude encontrar. Lá, havia uma cessão de perus natalinos prontos, era só pagar e levar… Não pensei duas vezes, roubei aquele frango bem debaixo do nariz deles. Como? Você me pergunta… bem, essa história fica pra outro dia.

Antes que pudessem reagir, eu já estava de volta a zona pobre da cidade, com um frango inteiro em meus braços, fui direto aos moradores de rua.

— Que Loki abençoe a todos! HAHAHAHA! — colocando o frango roubado em cima dos papelões, eu pude ver a cara de felicidade e confusão de todos me encarando, imagino que não conheciam Loki!

Antes que pudesse começar a lamber meu saco com agradecimentos, eu parti.

Poucas coisas me alegravam mais que roubar de quem tem dinheiro e se eu podia fazer isso e ainda agradar o Deus deles, por que não?! HAHAHAHA! Vai que eu esteja rezando pros Deuses errados, não é? HAHAHAHA!

E antes que a noite pudesse acabar, entrei em um mercado da periferia, comprei um engradado da cerveja local e voltei para rua para admirar os enfeites alvi-rubro.

Brigitti

Brigitti

BRIGITTI
Open you heart to me



Este era apenas mais um dia na vida de Brigitti, um dia comum embora fosse natal. Todavia, esta garota não costumava comemorar tais datas já que morava sozinha, e em um cômodo tão pequeno que nem mesmo conseguiria receber visitas ou familiares.
Como de costume, logo após acordar, Brigitti, desceu até o banheiro do estabelecimento onde morava, para lá poder fazer suas necessidades e também lavar o seu rosto, como de fato o fez. Entretanto ao sair do banheiro eis que surge uma surpresa, porém isto não parecia um presente de natal, mas sim o preludio de uma catástrofe eminente.

PORTAL:

Um portal havia se aberto bem atrás da porta do recinto em que a jovem se encontrava, tão próximo da mesma que Brigitti por impulso, logo após abrir a porta dar seu primeiro passo, acidentalmente acabou por cair dentro daquele que a levaria para seu mais insano natal.
Logo que cruzou o portal Brigitti, ainda confusa, olhou o horizonte e viu a silhueta de um ser surgindo. A imagem que se formava era pequena, mas poderia ser de um elfo ou algo do tipo, mas já que o ambiente do portal estava repleto de neve provavelmente seria um monstro deste ambiente. Eis que cada vez se aproximando mais a imagem foi se tornando nítida.

MARE:

Ao se aproxima Brigitti nota que a sombra de outrora pertencia a uma garota, que estando já próxima da jovem guerreira  diz com o rosto corado e um tom de voz suave:

(Garota Desconhecida) – Bom dia senhorita, meu nome é Mare, você não deveria estar aqui. Como chegou neste local?

(Brigitti) – Por que eu me apresentaria a alguém que nem conheço?

(Mare) – Você me conhece, como eu disse, eu sou Mare.

Soltando um breve suspiro Brigitti pensa que a garota a sua frente não havia entendido o que ela queria dizer com “conhecer”.

(Brigitti) – Bom, na verdade não sei, simplesmente cai aqui quando um portal se abriu bem na minha frente.

Mare repentinamente demonstra um semblante de insegurança e começa a suar frio: (Mare) – Hihihi, bem... Talvez seja culpa minha, posso ter aberto um portal no lugar errado, mas isso é um problema já que posso abrir apenas um por área.

(Brigitti) – Você abriu um portal? Então você é um monstro! Brigitti neste momento afasta um pouco suas pernas, colocando a direita um pouco a frente da esquerda e tomando uma posição de ataque.

(Mare) – Calma, Calma! Não sou um monstro, sua uma ajudante do Papai Noel, por isso posso abrir esse tipo de portal, ele é diferente daquele que os monstros abrem, os meus portais são abertos para entregar os presentes as pessoas.

Após ouvir estas palavras, Brigitti, retoma sua posição normal, saindo assim da forma de combate, enquanto pensa que as palavras de Mare podem ter algum sentido, afinal, como o Papai Noel entregaria presentes no mundo todo em apenas uma noite?! Certamente abrindo portais seria uma ótima forma.

(Mare) – Eu não posso abrir outro portal aqui para te levar de volta, mas o Papai Noel pode, venha eu te levo até ele.

Tendo ouvido essas palavras Brigitti começa a seguir a garota que se intitula ajudante do Papai Noel, até que quarenta minutos depois chega a fabrica do bom velhinho, esperando ver aquelas bochechas rosadas e grande barriga do homem que faz a felicidade de todas as crianças.

PAPAI NOEL:


Finalmente vendo o Papai Noel, Brigitti pensa “Pra que todos esses músculos? Ele parece mais monstruoso que os monstros dos portais!”. Então a guerreira começa a observar em volta e ver todas as ajudantes do enorme velhinho, de forma a continuar seus pensamentos, “Qual o problema aqui, só tem garotas e qual é a dessas roupas, até a rena é uma menina. Esse velho deve ser um tarado” Brigitti então solta um suspiro, quando começa a ouvir as palavras emitidas pele velho, com um tom de voz grave e rouco.

AJUDANTES DO PAPAI NOEL:

RENA:

(Papai Noel) – Olá jovenzinha, eu sou... hohoho... o Papai Noel, o que faz aqui?

(Brigitti) – Errr, não estou por que quero, cheguei aqui por acidente. Creio que Mare iria abrir um portal, mas o abriu bem na minha frente.

(Papai Noel) – Mas isso é... hohoho... algo terrível. Não se preocupe, afinal eu... hohoho... posso te devolver ao seu lar, já que posso abrir outro portais diferente...hohoho... de Mare que tem mana para abrir apenas um.

Brigitti começa neste instante a se perturbar com o “hohoho” que interrompe cada frase do senhor, mas prefere não mencionar o fato, querendo apenas voltar para casa.

(Brigitti) – Por gentileza, faça isso agora mesmo.

(Papai Noel) – É claro, mas antes venha e pegue no saco...hohoho... o seu presente!

(Brigitti) – Qual o seu problema!!! Parece com esse hohoho. Brigitti então pensa que o senhor a sua frente deve ser mesmo apenas um tarado, após dizer aquelas palavras e por só ter ajudantes mulheres, ainda mais naquelas vestes, mesmo estando em um local frio.

(Papai Noel) – Me desculpe, mas eu...hohoho... não posso parar. Esse é um titulo que ganhei...hohoho.... quando eu era um caçador como você, por isso tenho que usa-lo, não é?

(Brigitti) – Não é porque você tem um titulo que tem que falar ele o tempo todo. Isso é um titulo e não uma frase de efeito tipo, eu sou o Batman. E você também não é um daqueles personagens de anime que fica gritando o tempo todo dattebayo. E afinal, porque alguém ganha um titulo como esse?

(Papai Noel) – Hohoho... acho que isso não importa agora, mas foi por coisas de quando eu era mais jovem.

PAPAI NOEL:

Brigitti, apenas querendo sair daquele local o mais rápido possível vai até onde este o saco de presentes do senhor e retira o qual tinha o seu nome, pensando: “Espero que não tenha nada de constrangedor neste embrulho, torço para que ele não esteja pensando algo como...”

PENSAMENTOS:

Após abrir seu presente, Brigitti, nota que havia ganho um par de meias de lã, e pensa: “Que coisa mais sem graça, mas pelo menos ele não é um velho tarado como pensei”.

(Papai Noel) – Garotinha, seu portal já se abriu, pode voltar...hohoho... para sua casa.

(Brigitti) – Finamente, muito obrigada ao senhor e a você também Mare.Então enquanto passava pelo portal, voltando para onde morava, Brigitti ouvi mais uma vez as palavras do velhinho enorme.

(Papai Noel) – Mas que garota gostosa...hohoho... para se conversar. Volte sempre...hohoho!!!

E então com calafrios após ouvir aquelas palavras finalmente Brigitti estava sã e salva, e com sua  pureza intacta, após voltar a sua casa para assim ter seu dia “normal” de natal com seu novo par de meia.

Entretanto, abruptamente uma queda de sua cama fez com que Brigitti acordasse de seu sonho: “Então toda essa loucura foi coisa da minha cabeça? Devo estar mesmo precisando deste dia de descanso”. E assim, Brigitti, passou todo o seu dia de natal sozinha, sentada em sua cama enquanto tomava chocolate-quente e via as luzes de sua árvore de natal, relaxando confortavelmente com seu pijama e longas meias de lã.




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