Dia de Natal...
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Depois de um ano voltava a ver o Natal de Seul. A linda e tecnológica cidade ficava ainda mais bonita no Natal, o clima ajudando o contexto, fazia parecer que estavam fazendo um filme, com toda aquela neve caindo como água pela bica. As casas, as ruas, os carros. Tudo aquilo era um sonho, a alegria que estava sendo transmitida era algo de fazer qualquer pessoa se apaixonar. Neste meio tempo, em um ponto de Seul afastado do centro, tinha um apartamento que emanava uma aura estranha... Todos que passam por perto podiam sentir o clima "pesado" do local, talvez explicasse já que ele estava fedendo, sus pintura toda velha e descascando, pichado, sem falar no cheiro de mofo que vinha lá de dentro... Todos imaginavam:
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Quem moraria em um lugar como este? -
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Porra! Tenho que pagar as contas dessa merda... Já estão pra vencer... Será que ainda sobra pra algum lanche...? - Depois de muito tempo deitado em sua cama quebrada pensando em várias coisas, finalmente o "dono" daquele ponto de horrores/sentimentos negativos. Enquanto levantava de sua cama seu visual era o menos agradável possível, estava vestindo só uma cueca vermelha e seu corpo inteiro: Nu. Enquanto caminhava por seu apartamento até o banheiro, o interior de seu apartamento fora melhor amostrado.
Logo na entrada ao lado onde fica a cozinha, o que na verdade já poderia ser chamado de "lixeira", quem visse seu lar não pensaria que alguém responsável moraria ali; até mesmo homens conseguem ser mais responsáveis... várias caixas, sacolas, louças jogadas pela pia e pelo chão do local, restando impossível de permanecer no mesmo ambiente. Mais à frente, em sua cama, o que não era mais que uma cabeceira de madeira com um colchão velho, encostada na parede rachada, na qual cada lado continha uma janela com persianas fechadas, onde podia-se reparar na sujeita e nos insetos que ficavam entre suas brechas. Praticamente todo o chão continha roupas e objetos largados, onde alguns encontravam-se a meses. Esse horror de casa só podia piorar em um único lugar - e realmente piorava. Seu banheiro sujo e cheio de crostas continha lacraias rastejando e o bolos de mofo se acumulavam em alguns lugares; dava nojo até de se aproximar de sua pia, chegando-se à conclusão de que seu apartamento era um verdadeiro "chiqueiro"
Até aqui todos pudemos ver/ler que a vida deste rapaz é um pouco difícil, ele pode gostar ou não de viver nesses estados, mas nunca o vi reclamar, na verdade só tenho visto ao contrário. Sempre ouço-o agradecendo por estar mais uma noite em uma cama que muitos não tem, agradecendo por ter um teto onde possa se aconchegar, e eu acho que isso o diferencia de muitos outros que vivem em situações parecidas a dele.
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Que fome, será que ainda tem o resto daquele panetone para comer...? ~ Enquanto estávamos vendo seu lar, Osíris se direcionava até o banheiro para fazer suas necessidades diárias, sentado ao vaso soltando um borrão daqueles. *
Ploft!* Olhava para o teto vendo as manchas de umidade criadas por alguma infiltração, reparava bem elas enquanto terminava de fazer suas coisas e ia direto ao chuveiro para então tomar um banho. Após alguns bons minutos ele saía do banheiro secando seus cabelos estão completamente nu, se dirigia até uma cômoda um pouco ao lado de sua cama, ela estava com um abajur velho e em cima, cheia de poeira e com suas roupas, então as pegava e vestia logo se virando para a bancada suja em sua "cozinha".
Ele andava até a mesma calmamente, liberando um espaço que ocupava uma parte da bancada. O que estava em cima foi se parar ao chão e ele puxou uma típica caixa desses tais "panetones" de natal. A caixa estava amassada e seu produto já havia vencido há um dia... mas por que não arriscar? Ele retirou cuidadosamente um único pedaço daquele bolo fofo e seco cheio de frutas de sua casa, então o levando em direção a sua boca dando um pequeno tempo para o mesmo se despedir. Enquanto o mordia uma cara de desconforto foi demonstrada ao saborear e engolir, porém o jovem não ousou cuspir ou vomitar, continuando a comer até que a fatia se acabasse em apenas quatro mordidas.
Agora após todo o seu caminho ele finalmente tomava a decisão de ir para as ruas, sua vida foi sempre a mesma depois de chegar em Seul e quando pequeno nunca pode se divertir em datas como esta, mas pensando nisto pensou em ajudar algumas crianças. Partiu para as ruas fechando sua porta e a trancando com a chave, seus passos lentos e calmos faziam o chão do prédio rangir enquanto andava, descia as escadas calmamente podendo se ouvir o som do sapato batendo na pedra que eram feitas as escadas e em alguns minutos chegava a saída dos fundos de seu prédio. Botando os pés para fora de sua residência podia ver como toda a redondeza estava, seus sapatos afundando na pequena mas nem tão fina camada de neve, um ar frio subir pela boca de sua calça alcançando todo o seu corpo o fazendo se tremer do frio de aproximadamente -15 Graus Celso. Enquanto se adaptava ao ambiente e pensava em como ajudar algum orfanato, caminhava pelas ruas da cidade vendo toda aquela tecnologia sendo "engolida" por todo o espírito Natalino, crianças já não mas só nos celulares, adultos conversando e tomando café, parecia que o Natal realmente influenciava bastante coisa neste lindo local.
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Aí... - Uma baixa e leve voz era escutada pelo Despertado, ele sentia seu corpo entrar em contato com alguma outra coisa, provavelmente outro ser e neste momento prestava atenção que havia esbarrado em alguém. -
M-Me desculpe m-moço, não queria lhe atrapalhar... - Novamente a mesma voz e então ele percebia que era apenas uma pobre garotinha, ao olhar para ela sua expressão mudou, ficou sério, seu semblante mostrava o desgosto de ver aquilo, mas... O que era?
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Ehri, não atrapalhe os outros. Venha cá. - Agora uma voz de um homem, uma voz séria e forte, ao olhar era um rapaz, ele possuía o cabelo preto com uma máscara de corvo em sua boca, usava um casaco com uma simples blusa por baixo, vestindo também luvas brancas, calça e um tênis. Ele parecia ser o pai daquela criança e isso fazia o jovem ficar mais agoniado, seus punhos se ficava serrados, suas veias começavam a se exaltar um pouco quando então ao olhar para a garota o último fio de consciência se cortava.
Neste momento a jovem criança começa a a se tremer e soar frio, suas pernas bambas corridas para os braços do homem que ela haveria esbarrado segurando fortemente suas roupas. -
P-Porfavor, n-não m-me d-deixe... - Pronunciava a jovem baixo para que só o homem pudesse escutar e se alguém achou que não poderia pior... Piorou. Ele ficou avermelhado, uma aura vermelha subia por todo o seu corpo assustando a garota e impressionando o homem, em instantes tudo parava e Osíris apontava seu dedo indicador esquerdo fazendo forma de arma com sua mão em direção ao homem. -
Gente como você não merece viver... - Assim pronunciava o homem antes de efetuar seu disparo. A pequena bala de pura mana percorre aquele pequena distância em segundos chegando de encontro com o outro jovem, atingindo sua cabeça mas não a atravessava. A bala se desfazia deixando uma grande marca e fazendo a cabeça do homem sangrar mas não o matando.
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S-Seu MERDA! Me dê minha filha! - Gritava o homem enquanto dava um rápido avanço em direção ao Caçador onde ele se mostrava também ser um Despertado. Sua velocidade mostrava que era um Assassino mas pelo dano causado ao homem ele não tinha um resistência muito boa, mínima para sobreviver ao tiro de Feared mas não o suficiente para aguentar +2 desses.
Depois de seu avanço, Osíris o enxergava por pouco mas ainda conseguia, assim prevendo seu ataque pela lateral. Quando ele se aproximava, sabendo que seria impossível desviar, preparava um tiro de mana em seu dedo que atirava bem em sua perna, que era como o jovem iria atacar e logo os ataques se colidiram com o de Feared ganhando. Os dois se afastavam e a garota ficava no meio de ambos, este momento se tornava uma disputa por quem chegava primeiro e claramente o Assassino Reaper ganharia, se ele não estivesse tão concentrado em pegar a garota que esquecia do resto a sua volta. O Ranger novamente executava as mesmas ações ficava do vermelho e na mesma hora a garota corria em sua direção, chorando e erguendo seus braços em sua direção ele podia sentir sua força se aumentando, seus sentidos agora mais apurados permitiam ver o Assassino certamente e foi neste momento, antes dele agarrar a garota que Osíris atirava novamente em sua cabeça, no mesmo ponto de antes, fazendo a cabeça do jovem ser atravessada por aquela bala logo se desfazendo.
Depois desta ação, o corpo do homem caia em cima da jovem Ehri a fazendo ficar desesperada, instantes depois o Salvador dela retirava o corpo dele de cima dela e reparava suas roupas mais uma vez. Enfaixada, com um vestido velho e suja. -
Tudo ficará bem agora... - Falava ele com um grande sorriso em seu rosto. Ele ligava para a ACC indicando um corpo morto na rua sem falar identidade nem nada e depois desligava após falar o local.
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M-Moço, você não será p-preso? - A criança perguntava para o moço sobre algo que parecia lhe preocupar, mas não pra ele. -
Não se saímos daqui logo. Irei levá-la à um orfanato e irão cuidar bem de você tudo bem? - Então sua pergunta para garota e a que iria decidir se o que fez valeu ou não apena, agora o ar frio da cidade voltava novamente fazendo ambos ali ficarem tremendo de frio. -
T-Tudo bem... - Falava ela enquanto começava a caminhar com o homem na direção oposta ao ocorrido, a garota não se espantava com o assassinato que ocorreu, na verdade parecia estar acostumada só se espantando com o corpo caído em cima dela. Agora ambos seguiam juntos pars o orfanato mais próximo assim cumprindo a boa ação do velho neste dia de Natal.
CRÉDITOS Roevs